A Escola Estadual Santos Dumont, localizada em Parnamirim, mantém o título de melhor escola da rede estadual do Rio Grande do Norte no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No ano passado, a instituição conseguiu o feito, mas numa posição melhor: 5.669º lugar. Neste ano, o resultado piorou: 5.850ª posição. O resultado da melhor escola do Rio Grande do Norte, Ciências Aplicadas, entre as brasileiras também foi inferior ao do ano passado.
Para a coordenadora do Instituto de Desenvolvimento da Educação do Rio Grande do Norte (IDE/RN), Cláudia Santa Rosa, o resultado não é uma novidade. “O mais grave para mim é ter mais de 5 mil escolas pelo Brasil na frente da melhor escola estadual do nosso Estado. Isso para mim é gravíssimo, aliás”, afirmou. O quadro se agrava, uma vez que no ranking dos piores resultados do Enem no Rio Grande do Norte figuram apenas escolas estaduais de cidades do interior.
A falta de professor nas salas de aula ainda é o principal problema da educação pública segundo Santa Rosa. “O resultado mostrou que o que está ruim sempre pode piorar. Não vi nada na educação que fosse diferente, que mudasse essa rota”, observou a especialista em Educação. “Isso é resultado de um processo que começa no ensino Fundamental”, acrescentou.
Santa Rosa também chamou atenção para o resultado dos institutos federais. A unidade Natal Central não aparece mais como primeira colocada, como ocorria tradicionalmente. No final da década passada, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) iniciou uma política de expansão no Estado. Além de novas sedes, as unidades já existentes também ampliaram as vagas. “Há sempre um risco quando você busca chegar a mais pessoas. Quando não há cuidado pode acontecer o que houve na escola pública estadual”, analisou. Ele ressaltou também que a frequência de greves aumentou recentemente.
Mudar o quadro da educação pública, principalmente estadual, é um receita antiga, conhecido, mas que só é prioridade nos discursos segundo Santa Rosa. “Nós temos que investir no que esses dados mostram que são as fragilidades. Na rede estadual ainda estamos perseguindo o que há de mais primitivo: o professor”, enfatizou. A regularidade no ensino é um dos segredos para a mudança. “Será que falta algum professor em alguma disciplina no Ciências Aplicadas? Nem em sonho. É isso que a escola pública precisa ter: professor na sala de aula com regularidade”, apontou. Vale lembrar que os números divulgados neste ano dizem respeito às provas realizadas no ano passado.
As melhores escolas públicas de ensino médio do Brasil estão no Nordeste, mas nenhuma delas no Rio Grande do Norte. Conforme Cláudia Santa Rosa, os Estados vizinhos fizeram o seu dever de casa e hoje puderam desfrutar desse resultado. “Pernambuco anunciou há algum tempo um forte investimento em escolas de tempo integral. Das dez melhores do Nordeste, seis estão lá. Outras duas são do Ceará, onde se investe pesadamente no ensino profissionalizante”, analisou a coordenadora do IDE/RN.
Melhor do Enem foca resultados,O Colégio Ciências Aplicadas tem claramente o foco em concursos e vestibulares. “Em Natal se tem escola forte no esporte, escola muito religiosa. A gente tem esse foco em vestibulares e concursos, uma metologia voltada para resultados”, disse Alexandre Pinto, diretor da instituição.
Além do foco dos alunos, a equipe da escola está focada no monitoramento do desempenho dos alunos. “É uma análise constante dos resultados, a gente verifica como eles estão, o que pode ser feito para melhorar. Isso para ter esse aluno cada vez melhor. É um nível muito puxado”, acrescentou o diretor. Ainda segundo ele, não é necessário política de atração de bons alunos, como a oferta de bolsas por exemplo.
Os estudantes chegam à escola porque conhecem a metodologia que levou a escola pela quinta vez a ser a primeira no exame nacional do ensino médio no Rio Grande Norte.
Um dos estudantes que procurou o colégio é Lucas Ferreira, 17 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio. “Eu sabia que eu precisava de um ensino muito mais incisivo para conseguir o meu objetivo. Quem quer entrar em cursos mais concorridos como Direito e Medicina, tem que busca isso”, declarou. O seu desejo profissional é ser médico. Para isso, ele vai lutar contra a concorrência do curso das universidades federais do Rio Grande do Norte e do Sul.
Lucas reconhece que é necessário mudança de postura do aluno que busca estudar até seis horas e meia, excetuando-se o tempo de sala de aula. “Antes de vir pra cá, eu só estudava para prova e me dava bem. Agora estudo todos os dias”, disse do estudante.
Embora continue como a melhor escola do Rio Grande do Norte no Enem, o colégio caiu da 28ª, ano passado, para a 75ª neste ano. O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mossoró (IFRN) ficou em 5º lugar.
As melhores escolas públicas de ensino médio do Brasil estão no Nordeste, mas nenhuma delas no Rio Grande do Norte. Conforme Cláudia Santa Rosa, os Estados vizinhos fizeram o seu dever de casa e hoje puderam desfrutar desse resultado. “Pernambuco anunciou há algum tempo um forte investimento em escolas de tempo integral. Das dez melhores do Nordeste, seis estão lá. Outras duas são do Ceará, onde se investe pesadamente no ensino profissionalizante”, analisou a coordenadora do IDE/RN.
Melhor do Enem foca resultados,O Colégio Ciências Aplicadas tem claramente o foco em concursos e vestibulares. “Em Natal se tem escola forte no esporte, escola muito religiosa. A gente tem esse foco em vestibulares e concursos, uma metologia voltada para resultados”, disse Alexandre Pinto, diretor da instituição.
Além do foco dos alunos, a equipe da escola está focada no monitoramento do desempenho dos alunos. “É uma análise constante dos resultados, a gente verifica como eles estão, o que pode ser feito para melhorar. Isso para ter esse aluno cada vez melhor. É um nível muito puxado”, acrescentou o diretor. Ainda segundo ele, não é necessário política de atração de bons alunos, como a oferta de bolsas por exemplo.
Os estudantes chegam à escola porque conhecem a metodologia que levou a escola pela quinta vez a ser a primeira no exame nacional do ensino médio no Rio Grande Norte.
Um dos estudantes que procurou o colégio é Lucas Ferreira, 17 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio. “Eu sabia que eu precisava de um ensino muito mais incisivo para conseguir o meu objetivo. Quem quer entrar em cursos mais concorridos como Direito e Medicina, tem que busca isso”, declarou. O seu desejo profissional é ser médico. Para isso, ele vai lutar contra a concorrência do curso das universidades federais do Rio Grande do Norte e do Sul.
Lucas reconhece que é necessário mudança de postura do aluno que busca estudar até seis horas e meia, excetuando-se o tempo de sala de aula. “Antes de vir pra cá, eu só estudava para prova e me dava bem. Agora estudo todos os dias”, disse do estudante.
Embora continue como a melhor escola do Rio Grande do Norte no Enem, o colégio caiu da 28ª, ano passado, para a 75ª neste ano. O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mossoró (IFRN) ficou em 5º lugar.
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