"Não existe a menor possibilidade", diz Cunha sobre renúncia após buscas da PF

Cunha questionou a Operação acontecer no dia da reunião do Conselho de Ética sobre seu processo, e um antes da decisão do STF sobre o impeachment
Eduardo Cunha após operação da PF em sua residência (Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, se pronunciou no início da tarde desta terça-feira (15), após a Polícia Federal deflagrar uma nova fase da Operação Lava Jato, commandados de busca e apreensão na residência oficial de Cunha, em Brasília, e em outros dois endereços ligados a ele, segundo o G1.
Cunha foi questionado se com a nova Operação ele renunciaria ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados. "Não existe a menor possibilidade", diz Cunha. "Minha consciência está tranquila, eu sou absolutamente inocente."
"Houve 53 mandados de busca e apreensão. Entre eles, em três endereços meus. Minha residência oficial em Brasília, minha residência no Rio de Janeiro e no meu escritótio. Até aí, nenhum problema. Nada de mais, faz parte do processo investigativo", disse Cunha.
Na entrevista, Cunha estranhou o fato que a Operação foi deflagrada no mesmo dia em que estava marcada a reunião do Conselho de Ética que analisa seu processo, e um dia antes da decisão do STF sobre o processo de impeachment de Dilma. 
A nova fase da Operação mirou em ministros, parlamentares e pessoas ligadas ao PMDB, além de Cunha. "Todo dia tem a roubalheira do PT sendo fotografada e de repente fazem uma operação do PMDB. Tem alguma coisa estranha no ar", afirmou Cunha.
Agência Brasil
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