História do Ex-prefeito Petronilo Augusto de Paiva. A história do Motor da Luz de Patu e do Relógio da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores.

Segundo informações publicadas pelo escritor Francisco de Assis Barros em seu livro - Município de Olho D´àgua do Bordes: Eis a sua História -  o senhor Petronilo Augusto de Paiva nasceu na cidade de Martins-RN no ano de 1894. Foi um homem honesto que ajudava a sua comunidade, orientando as pessoas no que elas precisavam. Foi um homem simples que sempre gostou de política. No ano de 1952 ele exercia a função de primeiro vice-presidente da Câmara Municipal de Patu, na época o prefeito era o senhor Lauro Maia, pai do ex-governador do Rio Grande do Norte, Lavoisier Maia Sobrinho. No ano de 1954 Lauro Maia foi assassinado. O vice-prefeito Aurino Carlos foi impedido de assumir o cargo de prefeito pois tinha sido acusado da morte de Lauro Maia e o senhor Petronilo Augusto de Paiva, como presidente da Câmara, assumiu o cargo de prefeito de Patu com mandato até o final do ano de 1955. Segundo informações publicadas no Blog Agora Almino Afonso, do município de Almino Afonso, Petronilo Augusto de Paiva exerceu função pública como vereador naquele município, na época, já desmembrado do município de Patu.  Em 1960 assumiram como prefeito e vice de Almino Afonso os senhores Aurino Carlos da Silva e Carlos Teixeira de Lira, sendo empossados no dia 31 de janeiro de 1960, para um mandato que se encerraria no dia 30 de janeiro de 1965. Ao assumirem, já encontraram uma Câmara composta por vereadores eleitos em pleito realizado no dia 03 de outubro de 1958 e empossados no dia 31 de janeiro de 1959, para um mandato que se findaria em 31 de janeiro de 1963. Essa nova Câmara era composta dos seguintes edis: Petronilo Augusto de Paiva (primeiro Vice-Presidente); Alfredo Xavier da Silva (Segundo Vice-Presidente); Francisco da Silveira Barros (Primeiro Secretário); José Alexandrino de Lima (Segundo Secretário); Agácio Carlos de Amorim; Antônio Carlos de Paiva; Antônio Maia dos Santos; Nestor Rodrigues de Oliveira; Pedro de Paiva e Raimundo Pedro Benevides. Os vereadores Raimundo Pedro Benevides, Francisco da Silveira Barros e Alfredo Xavier da Silva renunciaram aos mandatos, sendo substituídos pelos suplentes João Luiz de Moura, Dulcineu Leite da Silva e Mário Benício Maia. No ano de 1965 tomam posse como prefeito e vice-prefeito de Almino Afonso os senhores Abel Belarmino de Amorim e José Carlos de Andrade Filho, em solenidade realizada no dia 31 de janeiro de 1965, sete dias depois do pleito, e cumpriram seus mandatos até 30 de janeiro de 1970. Na época, a Câmara Municipal era composta por cinco vereadores titulares e cinco suplentes, todos eleitos no pleito realizado no dia 07 de outubro de 1962 e empossados em 31 de janeiro de 1963, para o mandato que se findaria em 30 de janeiro de 1967. Os titulares eram: José Carlos de Amorim (Primeiro Vice-Presidente); José Alexandrino de Lima (Segundo Vice-Presidente); Francisco da Silveira Barros (Primeiro Secretário); Wilson Nunes dos Reis (Segundo Secretário) e Nestor Rodrigues de Oliveira. Os suplentes pela ordem, eram: Petronilo Augusto de Paiva, Severino Ramos, José Airton Nobre, Francisco Manoel de Oliveira e Laíre Cordeiro de Oliveira. Esses suplentes assumiram porque a senhora Geralcina Carlos de Castro, primeira mulher a se eleger vereadora pelo município de Almino Afonso-RN, e os vereadores José Francimar de Souza Leite, Antônio Carlos de Paiva, Pedro de Paiva e Celso Sinval Câmara tinham perdido os mandatos sob a alegação de terem faltado mais de sessenta sessões. Eles questionaram o assunto na justiça, na qual se defenderam sob a justificativa de que não haviam tomado conhecimento da realização dessas sessões. O vereador Wilson Nunes dos Reis renunciou ao mandato e assumiu em seu lugar o suplente Miguel Evangelista da Silva. Vale ressaltar que nessa época os vereadores eleitos não eram remunerados pelo cargo que exercia.
Petronilo Augusto de Paiva como prefeito de Patu realizou muitas ações em prol do município, sendo destaque para a doação pelo mesmo de um relógio de marca alemã para ser instalado na torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, realizando um sonho de muitos paroquianos e da comunidade. Depois de certo tempo o relógio ficou parado por mais ou menos 20 anos por falta de manutenção. No ano de 2002, o prefeito da época, Possidônio Queiroga, atendendo a pedidos de vários paroquianos ordenou o conserto do relógio da Igreja Matriz e para isso contratou os técnicos patuenses, Rivanildo Ferreira Dantas e Rezinaldo Ernesto da Silva que foram até a Igreja Matriz para fazer uma avaliação da situação do relógio e depois de muitas idas e vindas o relógio foi consertado e voltou a informar a hora certa com as respectivas badaladas. A paróquia de Nossa Senhora das Dores paga mensalmente ao técnico Rivanildo Ferreira Dantas para fazer a manutenção do mesmo, semanalmente é dado corda no relógio para ele não parar de funcionar. No período de 1948 a 1952, gestão do prefeito Felinto de Paiva Gadelha, teve início a construção do motor da Luz de Patu, inaugurado em 1950, que fornecia energia para algumas residências e repartições da cidade. No ano de 1955 o prefeito Petronilo Augusto de Paiva, fez a reinauguração do Motor da Luz de Patu, onde mesmo adquiriu um motor maior e mais potente para fornecer energia para mais residências e ruas da cidade.
 O motor da Luz de Patu tinha como operador o senhor Conrado que desempenhou essa função nos anos 50 a 70, na época que ele operava  o motor fornecia energia para ruas e residências da cidade, no horário das 17:30 h às 22:00 horas. O moto foi desativado nos 70 com a chegada da energia de Paulo Afonso, no governo Walfredo Gurgel. Algumas pessoas de nossa comunidade, que vivenciaram esse momento, relataram como era a vida cotidiana de nossa cidade. O comerciante Luis Nunes, conhecido por Luís do Foto, conta que teve acesso a energia do motor da luz em 1957 quando veio morar em Patu. Ele informou que na época era cobrada uma taxa pelo uso da energia do motor de acordo com a quantidade e potência das lâmpadas incandescentes que eram de 25 ou 40 watts, disse também que na época eram dados três sinais, alertando que a luz seria desligada pelo operador para que o morador pudesse tomar conhecimento. Ele nos informou também que os rapazes da época, quando iam namorar na casa das namoradas, ao primeiro sinal que a luz ia se apagar, também era o alerta para o mesmo ir se despedindo da namorada, ou seja, ir embora. Luis finalizou dizendo que os postes da época eram de madeira e que na administração do prefeito Aderson Dutra eles começaram a ser substituídos pelos de cimento. O senhor Antônio Rosa, na época morador do sítio Cardosos, município de Olho D´água do Borges-RN, veio morar na cidade de Patu no  ano de 1957 e também fala da época do motor da Luz. Ele nos informou que no início, a prefeitura municipal não cobrava nenhuma taxa mas que depois passou a cobrar em virtude do aumento do custo da manutenção do motor. O senhor Miguel Lira relatou que lembra bem dessa época e confirma as palavras de Luís do Foto e Antônio Rosa. Ele informou que em ocasiões especiais, como festas da Igreja, por exemplo, o motor virava a noite funcionando, sendo desligado pela manhã. Ele nos informou também que o motor ficava a noite funcionando em ocasiões de falecimento de uma pessoa da comunidade, sendo que a família custeava a manutenção do motor que era desligado pela pela manhã. Seu Miguel Lira finalizou dizendo que na administração do prefeito João Pereira de Araújo ele deixou instalados todos os postes e fiações para o funcionamento da nova energia de Paulo Afonso que foi inaugurada pelo prefeito seguinte, Lourival Rocha e pelo Governador Walfredo Gurgel, que veio a Patu participar da inauguração.   

Fonte: 
Blog: A Folha Patuense - aluisiodutra.blogspot.com
Blog: almino.afonso@bol.com.br
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