Com a derrota do texto de Filipe Barros, um novo relator será designado. Ele terá que construir um texto diferente do elaborado pelo deputado do PSL, já que a maioria se posicionou de forma contrária. O novo voto pode ser pelo arquivamento do texto. O novo parecer deve ser votado amanhã e o relator será o Júnior Mano (PL-CE). Pela manhã desta quinta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez um aceno ao governo ao mencionar a possibilidade de levar o tema ao plenário, mesmo diante de uma derrota. A possibilidade de reviravolta, com vitória de Bolsonaro, porém, é considerada remota pelos parlamentares.
Antes da votação, apenas PSL, PP, Republicanos, PTB e Podemos orientaram a favor do texto. Foram contra PT, PL, PSD, MDB, DEM, PSDB, PSB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede. Cidadania e Novo liberaram a bancada
Durante a sessão, a autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), repetiu acusações feitas na véspera pelo próprio presidente da República ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao citar informações de um inquérito da Polícia Federal, disse que o sistema é passível de fraude.
— Estão expostas as vísceras da fragilidade do sistema. O povo foi às ruas, está nas ruas - disse Bia Kicis.
Já a oposição comemorava o resultado antes da votação.
— Quero parabenizar aos deputados por enfrentar o governo Bolsonaro (...) Bolsonaro disse que sem voto impresso não haveria eleição. Quem é ele para falar isso? — disse Orlando Silva (PCdoB-SP).
— Quem a História julgará é quem foi cúmplice desse governo criminoso — discursou Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
Antes da votação, Filipe Barros disse ao GLOBO que, apesar
dos pedidos de ajuda ao ministro da da Casa Civil, Ciro Nogueira, para
que a as negociações fossem intensificadas, não houve resultado positivo para o governo.
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