Exército quer evitar palco para Bolsonaro e teme ida de Braga Netto a ato

O Exército tem acompanhado com seu setor de inteligência os preparativos das manifestações de 7 de setembro, mas afirma que, apesar dos incentivos do presidente Jair Bolsonaro aos protestos, não há nenhuma preocupação excessiva com violência. As informações são da colunista Carla Araújo.

Militares de alta patente ouvidos pela coluna de Carla Araújo destacaram que a cerimônia de hasteamento da bandeira, por conta do feriado da Independência do Brasil, que acontecerá a partir das 8h de amanhã (7) no Palácio da Alvorada, não deve ser usada como palco político do presidente.

O tradicional desfile da independência foi cancelado pelo segundo ano seguido por conta da pandemia. Um general da reserva ouvido pela coluna chegou a comentar que era um alívio para o Exército o fato de não haver desfile neste ano, justamente para evitar que Bolsonaro usasse ainda mais a imagem das Forças Armadas como suposto suporte aos seus rompantes de golpes contra as instituições.

O receio entre os militares é de uma participação do ministro da Defesa, general da reserva Braga Netto. Um general da ativa destacou que não há impedimento legal para a participação do ministro, que, mesmo sendo militar, ocupa um cargo político. Apesar disso, essa mesma fonte destaca que a presença de Braga Netto no ato político "está longe de ser recomendável".

Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário.

 

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