Adotou um filhote? Conheça as vacinas que cães e gatos precisam tomar


 A adoção de filhotes, além de ser uma decisão cautelosa, exige diversos cuidados e visitas a clínicas veterinárias para um acompanhamento inicial, seja para a vacinação ou à adaptação a um novo ambiente que o animal ainda não conhece. Nesta matéria, o médico veterinário Tássio Medeiros dá dicas e orientações para quem acabou de adotar um pet.

Vacinação

Antes de tudo, proteger o seu animal de doenças e contaminações é essencial para mantê-lo seguro daqui pra frente, especialmente porque filhotes ainda possuem a imunidade frágil e têm pouca exposição ao ambiente externo. “É de suma importância a vacinação dos filhotes”, explica Tássio Medeiros. Segundo o médico veterinário, a quantidade de vacinas necessárias para os cães são maiores, que são:

MÚLTIPLAS: V8 E V10

É possível escolher entre duas versões: enquanto a V8 auxilia na prevenção da cinomose, hepatite infecciosa canina, parainfluenza, parvovirose, coronavirose e leptospirose (sorovares Canicola e Icterohaemorrhagiae); a V10 protege contra todas estas doenças e mais algumas cepas de leptospirose (Grippotyphosa e Pomona).

TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA

O filhote também deve ser imunizado contra a traqueobronquite infecciosa, mais popularmente conhecida como “tosse dos canis”.

Neste primeiro momento, devem ser administradas 2 doses da vacina injetável com intervalo de 2 a 4 semanas entre elas ou 1 dose única da vacina intranasal. A vacinação é uma forma de proteger o cão que convive em grupos (no prédio, no daycare e outros locais) e manter ele sempre saudável.

GIARDÍASE

Na giardíase, causada pelo protozoário Giardia, ocorrem diarreia, vômito e depressão, além de perda de peso. Os humanos também podem ser infectados pelo protozoário e uma segunda dose da vacina deve ser aplicada de duas a quatro semanas após a primeira dose.

RAIVA

Finalizando o calendário vacinal, temos a vacina auxiliar na prevenção da infecção pelo vírus da raiva, uma importante zoonose. Clinicamente conhecida como hidrofobia, esta doença torna os animais agressivos e incapacitados de beberem água. A única forma de prevenir é a imunização.

Além disso, a vacina contra a Leishmaniose (que causa o calazar), também deve ser aplicada nos animais que tenham testagem negativa para a doença, com a aplicação de três doses com reforço anual.

No calendário vacinal, as múltiplas (V8 e V10) devem ser aplicadas aos 45 dias de vida, com 3 a 4 doses de intervalo. No caso vacina giárdia, são feitas duas deses com o reforço anual.

Vacinação em gatos

Em gatos, a vacinação deve seguir uma aplicação semelhante, primeiro com a múltipla (V4), que protegem os gatos contra 4 doenças, destacando-se a Panleucopenia, Clamidiose, Calicivirose e Rinotraqueíte, esta última com grande incidência nos lares brasileiros.

Outra aplicação é a anti-rábica, que  imuniza o animal contra a Raiva, uma importante zoonose (doença transmitida para humanos através de animais) que afeta o sistema neurológico e não tem tratamento. Além disso, é preciso fazer a vermifugação aos 30 dias de vida, além de um reforço após seis meses e, depois disso, deve ser feito de forma trimestral.

Cuidados na hora de viajar

Durante o mês das férias, é comum que as famílias viagem para outros lugares e queiram levar junto o seu animal de estimação, o que não é recomendado no caso dele ainda ser filhote. “Ele tá numa fase de adaptação, a maioria ainda não terminou o esquema vacinal, então vai entrar em contato com ambientes estranhos e outros animais“, explica Tássio Medeiros.

Por isso, o ideal é buscar um hotel, creche, clínica veteránia que ofereça esse tipo de atendimento ou algum familiar de confiança. A exposição a outros ambientes e animais pode pôr em contato o cachorro ou gato com outras doenças, como a cinomose, uma doença que atinge especialmente os cães e, se não tratada, por chegar à fase neurológica, com casos de epilepsia.

Em annimais adultos, os cuidados são outros, especialmente às questões do ambiente e do comportamente do animal, seja em regiões frias ou quentes, no caso de praias e ambientes rurais. “O cuidado é com hidratação, tem que manter o animal hidratado, tem que ter cuidado com as patas. Existem alguns géis para passar no focinho e nas patas para hidratar, então tem que manter esses cuidados”, finaliza Tássio Medeiros.

Funcionamento

clínica São Francisco funciona na Rua João dos Santos, 163 – Centro, com atendimento de urgência e emergência, Pet Shop, farmácia, além da realização de exames laboratoriais.

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