Jornalista mossoroense prevê “melada” no apoio à Henrique e Vilma, enquanto Rosalba pode crescer


DO BLOG DO NEY LOPES - O conceituado jornalista Gilberto de Sousa, da Gazeta do Oeste, Mossoró, RN, comenta hoje, 21, as dificuldades e problemas políticos que começam a surgir na ampla coligação de apoio ao deputado Henrique Alves, para governador do RN e Vilma de Faria, para o senado.


Escreve Gilberto de Sousa:
Sempre considerei muito bem concatenado o projeto do deputado Henrique Alves, líder peemedebista, que, muito bem articulado, vem construindo uma candidatura majoritária com régua e compasso. No entanto, a junção de forças em torno do seu nome ao Governo começa a ser vista como desproporcional em relação justamente a chapa proporcional, sem trocadilhos.
Tenho observado e realçado neste espaço que na hora em que os postulantes a cargos no parlamento estadual e federal começarem a fazer as contas na ponta do lápis, vão perceber que, apesar do grande número de nomes competitivos, alguém nessa fortaleza vai sobrar. E aí é onde mora o perigo.
O interesse partidário começa a sobrepor o interesse desses postulantes que, como em toda eleição, procuram acomodações combinadas de modo a lograrem o êxito esperado.
No entanto, nesse processo, e pelas equações que são traçadas, não há espaço para todo mundo no chapão.
E assim, aqueles que estão no contexto proporcional, começam a forçar seus partidos e buscarem espaços que não existem, podendo com isso, acabar em recuo das siglas,“melando” apoio majoritário.
É, portanto, mais uma grande equação para o bem articulado Henrique Alves.
Post scriptum - Caso seja candidata à reeleição Rosalba Ciarline não teria esse problema de “inchação” na sua coligação.
Formaria um grupo de partidos razoável e se livraria das pressões, chantagens e reivindicações absurdas, que fatalmente comprometeriam até o futuro governo, se eleito.
Esse é o diferencial de Rosalba na reeleição, o que a tornará diferente dos demais concorrentes.
Faria campanha direta junto ao povo, assegurando que, se reeleita, o seu único compromisso é com a população e  voltada para o interesse público.
O que os adversários apontam como “isolamento” do DEM poderá transformar-se no maior trunfo de Rosalba para disputar a eleição.
A tendência popular hoje é rejeitar “conchavos”, “acordos amplos” e “pegadinhas políticas”.
Certamente, durante a fase de pré-campanha o RN aceitaria uma união política em busca da paz coletiva , se fosse para levantar os problemas, desafios e discutir as prioridades do RN.
Depois dessa discussão e prioridades fixadas, cada partido disputaria o voto popular, sem nenhum “cheiro” de acordão.
Seria uma união em favor do RN e não em favor de pessoas.
editor do blog chegou a sugerir estratégia nesse sentido, semelhante ao que aconteceu no Chile, pós ditadura (La Concertácion).
Como sempre, a ideia não vingou.
A classe política deu o desprezo e o silencio como resposta.
O autor da proposta ficou falando sozinho, técnica muito usada por quem ouve e não sabe o que quer. Por isso nada contesta. Apenas silencia como forma de expressar desprezo.
A maioria dos partidos do RN preferiu o “ajuntamento” que se observa , sem propostas consistentes.
Apenas troca de favores e promessas, visando unicamente amealhar votos, custe o que custar.
Em pleno século XXI, essa prática é,  no mínimo, arriscada.
Justamente por esse fato, Rosalba, que dizem ficaria sozinha politicamente, poderá inspirar mais confiança no eleitorado e crescer na eleição de 2014.
Para isso, ela terá que saber usar o “trunfo” que está em suas mãos e montar um discurso nessa linha.
O discurso de uma candidata à reeleição, que não precisa de compromissos com intermediários (partidos), os quais logo depois da eleição exigirão o pagamento da conta, com juros e correção monetária.
Esse discurso favorecerá, inclusive, o sucesso da chapa proporcional.
Ninguém duvide.
Falta apenas coragem, determinação e autoconfiança.
O futuro mostrará os resultados!
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