O governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), sabe das dificuldades a serem por ele enfrentadas a partir do dia 2 de janeiro quando começará a governar, diante de uma crise financeira em que se encontra o estado. Por não desconhecer a realidade, Robinson sequer viajou para descansar ao menos 15 dias. Um descanso, diga-se de passagem, até merecido, sobretudo, pelo embate eleitoral acirrado que vivenciou.
Mas Robinson optou por acompanhar de perto o trabalho que vem sendo realizado pela equipe de transição. O governador eleito quer o detalhamento de áreas do governo. Robinson quer conhecer os dados dos programas em andamento em cada secretaria, os projetos e convênios já firmados que terão continuidade em seu governo.
Mas não é só isso. Já disse aqui neste espaço e repito: como primeira medida, e isso já no primeiro dia de trabalho, Robinson terá de dar prioridade a segurança pública, prioridade número 1 em sua campanha. Me lembro que ele chegou a dizer que iria convocar todos os policiais à disposição de órgãos do Executivo, Judiciário e Legislativo para fazer policiamento ostensivo nas ruas. Isso, como uma das primeiras medidas terá que ser feito, agrade ou não aos que dirigem a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e até mesmo o Ministério Público. Isso no âmbito das medidas que terão que ser tomadas de imediato visando o bem-estar e a segurança da população.
No âmbito interno do governo propriamente dito, o governador eleito terá que fazer um esforço para já no primeiro mês de sua gestão anunciar o calendário de pagamento dos servidores ativos e inativos. O pagamento em dia do funcionalismo público, não custa lembrar, também foi uma de suas bandeiras de campanha. A formalização para eleições de diretores de unidades de Saúde, como o CRI (Centro de Reabilitação Infantil), Hemonorte e Lacen (Laboratório Central) também deve ser confirmado por Robinson assim que tomar posse. Isso é um anseio de mais de 15 mil servidores do setor.
Estou me referindo a estas medidas por serem simples de serem tomadas e que fizeram parte das propostas de campanha de Robinson Faria. O caminho traçado por Robinson, antes mesmo de tomar posse, é objeto de elogio, mas não esqueçamos que no dia 2 de janeiro as cobranças ao novo governador serão muitas. As faturas são altas e ele terá que ter pulso para tomar medidas que sabemos não agradará a muitos. O remédio para recuperar o estado é amargo e a dosagem terá que ser de acordo com o que prescreve a bula.
Robinson fez uma campanha feijão com arroz direcionada ao povo e assim terá que ser o seu governo para que não haja sobressaltos pela frente. E medidas como estas que relacionei no início deste texto terão que ser efetivamente tomadas para não cair no esquecimento. O traçado do seu governo, Robinson já começou a delinear. Agora é seguir em frente e cumprir com o prometido em campanha.
Fonte: Coluna do Barbosa/Nominuto
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