13º salário: Com receio de protestos, Temer avalia ajudar Estados no pagamento


O presidente Michel Temer orientou a equipe econômica a viabilizar uma alternativa que evite o atraso do pagamento do 13º salário a servidores públicos por governos estaduais que enfrentam crise financeira.

Segundo a Folha de S.Paulo apurou, desde a última terça-feira (8), o Ministério da Fazenda tem estudado uma solução geral, que envolva todas as unidades da federação, para o risco de inadimplência.

O peemedebista, contudo, quer equivalência entre todos os governos estaduais, não deseja que uma ajuda federal coloque em risco o ajuste fiscal e pretende cobrar contrapartidas em troca de uma eventual liberação de créditos.

A questão foi discutida nesta sexta-feira (11) entre o presidente e o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), em reunião no Palácio do Planalto.

O presidente avisou a assessores e auxiliares que pretende se debruçar sobre o tema no final de semana e que permanecerá em Brasília no feriado da Proclamação da República para tratar do tema.

O receio da administração federal é que o atraso no pagamento fortaleça em dezembro os atuais protestos pelo país, que poderão ganhar conotação política e dar fôlego novamente às manifestações de “Fora Temer”, que perderam força desde outubro.

Para o Palácio do Planalto, os protestos desta sexta-feira (11) contra medidas do governo federal não vão atrapalhar a aprovação da proposta do teto de gastos públicos no Senado Federal.

O presidente havia sido aconselhado a enviar ao Congresso Nacional a reforma previdenciária no início de dezembro, logo após o primeiro turno da proposta do teto de gastos.

Nas palavras de um assessor presidencial, ele, assim, daria uma sinalização consistente ainda neste ano ao mercado financeiro e aproveitaria uma “onda positiva” sobre o assunto.

Ele, contudo, teme que o envio no próximo mês possa fazer com que as centrais sindicais se envolvam com as manifestações de rua, fortalecendo-as ainda mais.

Nesta semana, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sondou o Palácio do Planalto sobre a possibilidade de uma intervenção federal.

Diante da negativa, pediu pelo menos reforço das Forças Armadas e da Força Nacional em caso de novas invasões a prédios públicos.

Pezão pediu também uma nova ajuda financeira, mas ouviu que não é possível atender a uma demanda específica do governo estadual.

A ideia da intervenção foi discutida por Pezão com a equipe presidencial em sua passagem por Brasília nesta semana, mas foi considerada inviável.

O gabinete de inteligência do Palácio do Planalto tem acompanhado a situação do Rio de Janeiro e destacou um efetivo da Força Nacional caso o governo estadual solicite reforço.

Folha
AnteriorPagina Anterior ProximaProxima Pagina Página inicial

0 Comments:

Postar um comentário