A governadora Fátima Bezerra encaminhará nesta
quarta-feira (1º) projeto de lei que prevê a recomposição de 15% dos
vencimentos de servidores que estão desde 2010 com as tabelas
congeladas, além reestruturação das progressões funcionais dos
servidores, gerando equidade e buscando maior eficiência na prestação
dos serviços.
Serão 11 categorias,
contemplando 14 mil servidores ativos e aposentados, com impacto mensal
de R$ 7 milhões, com implantação em março de 2022. Estarão no projeto
servidores da Administração Direta, Controladoria Geral do Estado,
DER, Emater, Fundação José Augusto. Gabinete Civil, IPERN, Idema,
Jucern, Procuradoria Geral do Estado e Secretaria da Tributação.
Diante
da limitação financeira do Estado e da necessidade de aportar R$ 320
milhões das receitas de 2022 para pagar o salário de dezembro de 2018 –
não pago pela gestão anterior – o Governo dialogou com os sindicatos e
associações de servidores com a meta de ampliar a folha salarial das
categorias contempladas em 15%.
"A partir das
rodadas de negociações, e diante das distorções nas tabelas de
servidores que ocupam cargos de nível fundamental, quase todas as
classes estavam abaixo do salário mínimo. Tivemos que promover correções
inclusive nas progressões funcionais", informa Pedro Lopes,
Controlador-Geral do Estado e designado pela governadora para dialogar
com as representações classistas.
Durante os
diálogos, o governo propôs, e foi acatado pelas representações,
padronizar o número de níveis nas carreiras em onze letras, com promoção
por merecimento a cada dois anos.
"Havia
carreiras em que os servidores só chegariam ao final após 40 anos de
serviço; mas, mesmo assim, os governos, desde 2010, não vinham
realizando as promoções. Definimos, a partir dos entendimentos, corrigir
duas promoções para os atuais servidores ativos e que na nova regra o
servidor pode atingir o último nível da carreira em 21 anos, por
merecimento", explicou Pedro Lopes.
"Tudo foi
dialogado nos limites de crescimento da folha para não comprometer as
finanças, contudo eram muitas distorções pelos 11 anos de congelamento e
ainda termos identificado centenas de servidores que sequer tinham o
plano de cargos de 2010 implantado. A evolução chegou ao final a 21%",
informou Pedro Lopes.
O Comitê de Gestão e
Eficiência do Governo avaliou o novo impacto na folha de pagamento, no
valor de R$ 7 milhões mensais, excedendo em R$ 2 milhões a meta, e
aprovou para não gerar novas distorções nas carreiras e fazer justiça
aos servidores.
O governo reprogramará a
execução de outras despesas e assegura que não haverá comprometimento no
calendário de pagamento, mantendo em 2022 a regularidade que vem
mantendo desde 2019.
O Controlador-Geral Pedro
Lopes afirmou que não procede a declaração do Sinsp de que o governo não
dialogou com as categorias. "Inclusive a presidente do sindicato
participou de três reuniões com o governo e na penúltima autorizou
encaminhamento de tabela ao Comitê de Gestão e Eficiência do Governo
para avaliação e deliberação, que acabou sendo acatada", relata.
Mas,
segundo Pedro Lopes, quando o sindicato foi comunicado da aprovação da
tabela, na terceira reunião, não mais a aceitou e gerou uma nova
demanda. "A proposta deles não tem como ser atendida sem comprometer a
regularidade do calendário de pagamento dos servidores, e isso nós do
governo não vamos fazer. Tudo está sendo tratado com total
responsabilidade.”
Em relação à divulgação pela
entidade classista de que o governo fará incorporação de gratificações e
não aumentará os vencimentos em 15%, o Controlador-Geral esclarece que
"no projeto a ser encaminhado, primeiramente esclareço que não haverá
norma para incorporar qualquer gratificação".
Acrescenta
que "a iniciativa do governo é estabelecer que o menor vencimento do
servidor estadual será R$ 1.265,00, 15% acima do salário mínimo atual,
que é R$ 1.100,00, assegurando esse percentual a todos os servidores das
categorias contempladas, como anunciou a governadora Fátima Bezerra no
Dia do Servidor Público”.
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