O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passará por uma reformulação em 2024, para se adequar às mudanças que ocorrerão nas escolas ao longo dos próximos três anos.
Dois dias depois de o Conselho Nacional de Educação (CNE) ter aprovado em uma comissão um parecer inicial sobre a nova versão da prova, o órgão se reuniu nesta quarta-feira (8) com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para debater novas mudanças no texto.
A proposta ainda incluirá considerações do Grupo de Trabalho (GT) do Ministério da Educação (MEC) e poderá sofrer alterações. Só depois irá para votação no plenário do CNE, em 25 de janeiro de 2022.
Por enquanto, o plano é que a avaliação passe a ter questões discursivas e de múltipla escolha, distribuídas da seguinte forma:
- 1ª etapa: redação + perguntas de formação geral (sem divisão por disciplina, cobrando habilidades mais interpretativas do que conteudistas);
- 2ª etapa: perguntas focadas na área de conhecimento escolhida pelo estudante (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens ou matemática).
Por que essa mudança? A partir do ano que vem, com a reforma do ensino médio, escolas públicas e particulares terão de reservar parte da carga horária (em média, 40% dela) para aulas de aprofundamento em áreas de conhecimento escolhidas pelos alunos.
Um estudante pode optar, por exemplo, por focar seus estudos em matemática e suas tecnologias.
O objetivo é que o novo Enem esteja adaptado a esse modelo de ensino mais “livre”, guiado pelos projetos de vida de cada jovem.
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