A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) contra três pessoas acusadas de planejar e armar uma bomba em um caminhão que transportava combustível perto do aeroporto internacional de Brasília. O caso ocorreu no dia 24 de dezembro.
O artefato foi desativado pelo esquadrão antibomba da Polícia Militar. Por causa da operação, uma das pistas de acesso ao aeroporto precisou ser fechada. O dispositivo tinha um acionador à distância, que, se ligado, poderia ter causado uma explosão.
À época, o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, afirmou que “se esse material adentrasse ao Aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista, seria motivo de vários noticiários internacionais, mas nós conseguimos interceptar”.
Os réus vão responder pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa. O Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.
Em relação às acusações de atos de terrorismo apontadas contra os réus, elas serão enviadas para a Justiça Federal, que é a instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Segundo as investigações, ao menos um dos réus teria ligação com grupos que estavam acampados no quartel-general do Exército, em Brasília. Ele também teria confessado que tinha o “objetivo de atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro”, aponta as apurações.
SBT News
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