PERÍODO DA QUARESMA - ARTIGO: A fé sem obra já nasce morta (Tiago 2:14-26). Por Marcus Aragão

A quaresma é tempo de reflexão, de conexão espiritual. Então, vamos refletir. Tiago (2:17-19) disse que as obras dão vida à fé. São as nossas obras que provam que temos fé em Jesus. Sem obras que revelem uma vida dedicada a Deus, a fé é inútil.

Há quem pense diferente na própria Bíblia: — Apenas a fé em Deus nos salva. Efésios (2:8-9). — Pelo amor de Deus. Não vamos acreditar que apenas a fé e as orações são suficientes quando comparadas com a fé e as orações acrescidas de ações, principalmente quando podemos fazer a diferença na vida de alguém. Não vamos conversar sobre o porquê a igreja católica defendeu mais esse ponto de vista. Você ainda não está preparado para essa conversa. Então, continuemos.

Uma criança doente chora de dor em creches ou hospitais públicos precisando de analgésicos e antibióticos. Tem pessoas que simplesmente oram e acreditam que as coisas vão melhorar. Sabem que têm o dinheiro e as condições de entregar os medicamentos que aliviaram as dores daquela criança, mas preferem orar. — Ok!

Mulheres com fome e frio precisando de cobertor e alimento, mas alguns acham melhor fazer selfie com o padre da moda que só visita casa de rico. — Entendi!

Famílias agonizando e há quem ache que fez sua parte apenas se benzendo e indo a missa. — Cruz-credo!

Deus tá vendo, ok? Uma vida que se baseia em rituais religiosos, mas que carece de ações que dariam vida a sua fé.

Jesus nos ensinou a amar o próximo como a si mesmo. É isso. Quem ama, ajuda; quem ama, faz. Quando temos todas as condições de ajudar ou fazer a diferença e nada fazemos, podemos chamar de preguiça? Pouco caso? Ou talvez, não se importamos com o próximo tanto assim?

Um preguiçoso astuto poderia perguntar: — Mas não podemos ajudar todo mundo! — Claro que não podemos! Mas quem pediu isso? Estou me atendo aos momentos em que podemos ajudar a alguém próximo.

— Você confia em Deus, mas será que Deus pode confiar em você? Vamos lá. Você reza e pede muito, mas nada faz? Huuuummmm, olhaí. Lembre que Deus soube de todas as vezes que tínhamos condições de ajudar algum filho dele, no entanto preferimos nos omitir. Deus pode está chegando a conclusão que alguns de nós somos muito bons em pedir e excelentes em rezar, mas estamos deixando a desejar na hora de colocar em prática a sua teoria.

Sigamos a palavra, sigamos o exemplo de Nosso Senhor. Jesus foi um fazedor. Podia resolver tudo apenas orando, e orava, mas fazia e muito: curou doentes; transformou a água em vinho; multiplicou os pães; andou sobre as águas; fez o sermão da montanha; expulsou os vendilhões do templo em Jerusalém — com chicote na mão; salvou Maria Madalena, e muito mais.

Repare que quando ajudamos alguém ou fazemos uma caridade, sentimos uma paz interior no mesmo instante. É instantâneo. Penso que seja o Espírito Santo chegando em nós — Uma forma que Jesus encontrou para nos sinalizar o caminho.

Particularmente, acho que o problema da humanidade é colocar o que poderíamos resolver para Deus fazer. Uma espécie de terceirização hipócrita. Lembremos que foi na quaresma que Jesus, quando foi tentado pelo demônio no deserto, poderia ter invocado Deus para resolver tudo rapidamente, mas não o fez. Preferiu resolveu a situação ele mesmo — Enfrentou e derrotou o Satanás.

Está na hora de atravessarmos o nosso deserto, enfrentarmos os nossos demônios da preguiça, da indiferença e da hipocrisia e celebramos a Páscoa dentro de nós, renascendo em Cristo através das boas ações.

Amém.

Escrevi este artigo porque também estava precisando ler algo assim.

Marcus Aragão
Instagram @aragao01

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