Os vereadores de Natal decidiram acabar com o voto secreto na
Câmara. Os projetos com esse teor, que alteram a lei orgânica e o
regimento, foram aprovados à unanimidade, em primeira discussão, ontem.
Com isso, as votações serão abertas para todas as matérias apreciadas no
legislativo municipal. Até agora, a Câmara votava secretamente a
cassação de vereador e prefeito, título de cidadão natalense e vetos do
Executivo. Estiveram ausentes da votação de ontem dois vereadores:
Rafael Motta (PP) e Bertone Marinho (PMDB). Esse último com falta
justificada.
Vereador Albert Dickson está confiante na aprovação da proposta que autoriza a reeleição
Como
o projeto muda a lei orgânica, para segunda votação é necessário um
interstício de dez dias. Na sessão de ontem, quase todos os
parlamentares se manifestaram, publicamente, favoráveis ao projeto, o
que resultou em uma votação que durou uma hora e 20 minutos. Com isso,
outros três projetos, previstos para serem apreciados ontem, foram
adiados para hoje e amanhã. Os vereadores optaram por não prorrogar a
sessão, porque, às 18h, estava marcada uma reunião solene em homenagem
ao Instituto Federal de Educação Tecnológico (IFRN).
A preocupação dos parlamentares de estampar a defesa pelo voto aberto foi tanta que inibiu a tentativa de um vereador apresentar emenda. Aquino Neto (PV) planejava apresentar uma sugestão para mudar o projeto original, de autoria de Sandro Pimentel (PSOL) para que o voto aberto começasse a ser válido apenas quando a proposta também fosse aprovada pelo Congresso Nacional. Além disso, a ideia era que o voto para análise de veto do prefeito fosse mantido. No entanto, a proposta não foi apresentada.
A preocupação dos parlamentares de estampar a defesa pelo voto aberto foi tanta que inibiu a tentativa de um vereador apresentar emenda. Aquino Neto (PV) planejava apresentar uma sugestão para mudar o projeto original, de autoria de Sandro Pimentel (PSOL) para que o voto aberto começasse a ser válido apenas quando a proposta também fosse aprovada pelo Congresso Nacional. Além disso, a ideia era que o voto para análise de veto do prefeito fosse mantido. No entanto, a proposta não foi apresentada.
EM PAUTA
Hoje,
serão colocados em pauta os dois projetos do prefeito Carlos Eduardo
(PSB), que pede autorização para dois empréstimos junto a Caixa
Econômica, um no valor de R$ 70 milhões e outro de R$ 35 milhões. As
duas matérias estão longe de serem consenso e contam com a resistência
de vereadores como Amanda Gurgel (PSTU) e da bancada do PSOL. No
entanto, o líder do prefeito na Câmara, vereador Júlio Protásio (PSB),
acredita que o projeto conseguirá aprovação.
“Independente de vereadores que integram ou não a bancada do prefeito, acredito que conseguiremos aprovar na Casa os projetos do empréstimo”, destacou. São necessários 20 votos para a proposta ser colocada em regime de urgência. Logo após, a votação é iniciada e para aprovação é necessário maioria simples.
“Independente de vereadores que integram ou não a bancada do prefeito, acredito que conseguiremos aprovar na Casa os projetos do empréstimo”, destacou. São necessários 20 votos para a proposta ser colocada em regime de urgência. Logo após, a votação é iniciada e para aprovação é necessário maioria simples.
Os projetos apresentados pelo prefeito são referentes a
contrapartida de obras da Copa, envolvendo acessibilidade, meio ambiente
e mobilidade. Há solicitação de R$ 70 milhões para as obras da Copa e
outra solicitação de R$ 35 milhões que é a contrapartida para projeto de
R$ 105 milhões voltado para mobilidade urbana, envolve construção de
túneis, recapeamento de avenidas.
Fonte: Tribuna do Norte