Novo benefício começará a ser pago em novembro
Com a previsão de atender até 16 milhões de famílias a partir de novembro, o Auxílio Brasil, programa que pretende substituir o Bolsa Família,
exigirá inscrição ou atualização no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal (CadÚnico) para os trabalhadores informais de
baixa renda. Segundo a Medida Provisória 1.061/2021, esse é um dos critérios para ter direito ao benefício.
Além dos dados atualizados no CadÚnico, a família deve ter renda
mensal de meio salário mínimo por pessoa (R$ 550, atualmente) e renda
mensal total de até três salários mínimos (R$ 3,3 mil, em valores
atuais). A exigência não vale para quem recebe o Bolsa Família. Nesse caso, a migração para o novo programa será automática, segundo o Ministério da Cidadania.
Os valores das parcelas não foram definidos e só serão informados em meados de outubro. Isso porque parte dos recursos para o Auxílio Brasil dependerão da aprovação de um fundo que consta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
Como verificar o cadastro
A melhor maneira de saber se a família está
cadastrada e se precisa atualizar as informações é por meio do
aplicativo Meu CadÚnico. A ferramenta informa se o cadastro está
desatualizado ou em processo de averiguação e permite a impressão de
comprovantes.
Caso o usuário não tenha internet, deve procurar algum Centro de
Referência de Assistência Social (CRAS) ou um posto de atendimento do
CadÚnico. O endereço mais próximo pode ser localizado no site Mapas Estratégicos para Políticas de Cidadania (MOPS).
Como atualizar
Segundo o Ministério da Cidadania, a falta
de atualização leva à exclusão do registro no CadÚnico depois de quatro
anos. Todos os anos, o governo federal revisa os dados e chama as
famílias com informações desatualizadas para corrigirem a situação,
sendo que as famílias, no momento da inscrição, comprometem-se a
atualizar os dados a cada dois anos no máximo.
A atualização só pode ser feita em um CRAS ou em postos de atendimento
do CadÚnico ou do Bolsa Família. Em caso de mudança de endereço, de
telefone, de estado civil, de renda mensal ou em eventos de nascimento,
adoção ou falecimento na família, o cadastro deve ser atualizado o mais
rápido possível.
Como se cadastrar
As famílias de baixa renda ainda não
inscritas no CadÚnico devem fazer o cadastro. Para isso, é preciso estar
atento aos requisitos: renda por pessoa na família de até meio salário
mínimo ou renda mensal de até três salários mínimos. O processo também é
feito em um CRAS ou postos do CadÚnico ou do Bolsa Família.
Um membro da família, chamado de Responsável pela Unidade Familiar, se encarregará de repassar as informações. A pessoa deve ter pelo menos 16 anos, Cadastro de Pessoa Física (CPF), título de eleitor e ser preferencialmente mulher.
Alguns estados e municípios só atendem sob agendamento. O responsável
pela família deverá levar pelo menos um documento por pessoa da família.
São aceitos: certidões de nascimento, certidão de casamento, RG, CPF,
carteira de trabalho e título de eleitor.
No caso de indígenas, é necessário Registro Administrativo de Nascimento
Indígena (RAIN). A apresentação de CPF e de título de eleitor pode ser
dispensada para indígenas ou quilombolas, mas algum outro documento de
identificação, entre os citados anteriormente, deve ser levado.
Pessoas sem documentos nem registro civil podem registrar-se no
CadÚnico. A inscrição, no entanto, fica incompleta, com o acesso a
programas sociais sendo liberado apenas após o fornecimento de toda a
documentação necessária.
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