Em visita ao Parlamento Europeu nesta segunda-feira,
15, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter
"extraordinária relação de respeito" com o ex-governador Geraldo
Alckmin, apontado como possível vice em uma chapa encabeçada pelo
petista à Presidência da República. A fala vem três dias após o quase
ex-tucano ter dito que ficou "muito honrado" por ser lembrado para a
vaga.
O petista disse,
porém, que só irá procurar um vice quando decidir pela oficialização da
candidatura à eleição presidencial de 2022. Ainda sobre Alckmin, de
saída do PSDB, Lula afirmou que "não há nada que não possa ser
reconciliado" e comparou as divergências do passado, quando disputaram a
eleição de 2006, com o futebol.
"Você dá uma
canelada no cara, ele cai chorando de dor, mas depois que termina o
jogo, eles se encontram, se abraçam, vão tomar uma cerveja e discutir o
próximo jogo", disse o ex-presidente, ao lado de Iratxe García Perez,
eurodeputada presidente do bloco social-democrata do Parlamento Europeu e
anfitriã da Conferência de Alto Nível da América Latina, que teve a
participação de Lula, além de lideranças latinoamericanas e europeias.
O
brasileiro participou do evento "Juntos durante a crise para uma nova
agenda progressista". No discurso, Lula destacou a situação de fome
sofrida no Brasil, a destruição do meio ambiente e a condução da
pandemia por parte do presidente Jair Bolsonaro. Estiveram entre outras
lideranças que compuseram a mesa o ex-primeiro-ministro espanhol José
Luis Zapatero e o ex-presidente do Equador Rafael Correa.
Estadão Conteúdo
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