O Papa Francisco já está em Roma, após participar da Jornada
Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Surpreendendo a todos,
Francisco concedeu entrevista em sua passagem pelo Brasil e também
respondeu a questões de jornalistas no voo de volta ao Vaticano. No fim
da noite de ontem (28), o sucessor de Pedro disse que a Igreja não pode
julgar os gays devido à opção sexual.
Cumprindo
a promessa de falar aos jornalistas durante o voo, Francisco disse que a
Igreja Católica não pode marginalizar os gays. A determinação é que
todos sejam acolhidos.
"Se uma pessoa é gay e
procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu pra julgá-lo? O catecismo da
Igreja explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser
marginalizados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade",
disse Francisco em uma coletiva improvisada no avião.
Apesar
de falar sobre o tema, até então considerado tabu em uma conversa
direta com o papa, Francisco deixou claro que é contra qualquer tipo de
"lobby" dentro da Igreja, não só sobre questões referentes aos gays, mas
com relação a quaisquer outros temas.
"O
problema não é ter essa tendência. Devemos ser como irmãos. O problema é
o lobby dessas tendências de pessoas gananciosas, lobby político,
mações e tantos outros lobbies. Esse é o principal problema", disse.
Humildade
Em
entrevista concedida ao Globo News, Francisco também falou sobre a
necessidade de que os sacerdotes cumpra o voto de pobreza. Ele deu como
exemplo o uso de carros de luxo por padres ou bispos, o que não deve
ocorrer.
"Nosso povo exige pobreza de seus
sacerdotes. Pede no bom sentido. Eles sentem quando pessoas consagradas
estão apegadas ao dinheiro, e isso não é um bom exemplo que um sacerdore
pode dar. É necessario que um padre tenha um carro, porque na paróquia
há muito o que se fazer, mas tem que ser um modelo modesto, não há
necessidade de luxo", disse, afirmando ainda que usa em Roma um modelo
parecido com o que utilizou no Brasil.
Fonte: G1