Rio de Janeiro – Milhares de pessoas, entre brasileiros e de
diversos países, se reuniram na Catedral do Rio para ver de perto o papa
Francisco. Alguns esperaram por mais de cinco horas para tentar se
aproximar. Na Catedral, o pontífice trocou o carro fechado pelo
papamóvel, de onde acenou e abençoou os fiéis.
Entre os peregrinos, estava um grupo de 199 argentinos. Justo Mac era
um dos integrantes. Músico, ele cantava nas missas celebradas pelo
então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, hoje papa Francisco.
Ele e o seminarista uruguaio Matías Cerviño - que há cinco anos trabalha
com a comunidade Padres de Schoenstatt, em Buenos Aires - lembraram da
época em que o religioso desenvolvia trabalhos para ajudar os mais
pobres na Argentina. “ O trabalho dele pelos mais pobres e nas favelas
de Buenos Aires foi muito bom”, disse Matías.
O grupo vai encontrar com o papa na quinta-feira (25). O encontro
foi um pedido de Francisco. “ É muito emocionante porque agora ele é o
papa. É legal e bacana para ver, porque ele é muito próximo”, comentou.
Para seguir a vontade do papa de cuidar dos pobres, a juventude
precisa se aproximar dos mais carentes. “Tem que conhecer a realidade
segundo a visão deles. Não pode ficar indiferente frente à dor e à
pobreza e se encontrar com Deus”, avalia Matías.
A irmã da Ordem de Santa Clara, Beatriz Maria de Jesus Salvador, foi
para o local para ver a passagem do papa junto com mais três freiras.
Elas conseguiram chegar próximo ao pontífice. “Estou completamente
emocionada. É um renovar e se voltar para Cristo”, informou a irmã
Beatriz Salvador, que viu o papa Bento XVI, na viagem que ele fez ao
Brasil em 2007.
A irmã Maria Mônica, da Divina Misericórdia, ficou surpresa com o animação dos jovens. “Dizem que a Igreja Católica está perdendo católicos. A gente vê que não está perdendo não. É só ver tantos jovens”, contou.
A irmã Maria Mônica, da Divina Misericórdia, ficou surpresa com o animação dos jovens. “Dizem que a Igreja Católica está perdendo católicos. A gente vê que não está perdendo não. É só ver tantos jovens”, contou.
Já a aposentada Rita de Cássia ficou frustrada por não ter
conseguido ser abençoada pelo santo padre. “Valeu a emoção, mas fiquei
triste porque não houve tempo dele olhar para cá. Fiquei decepcionada,
porque quando o outro papa [João Paulo II] esteve aqui, lá no Aterro do
Flamengo, passou pertinho. Mas eu vou atrás dele. Ele vai à Copacabana,
vai na Quinta da Boa Vista. Eu ainda vou ver ele de frente”, disse.
O italiano Silvano Olivero, marido da aposentada, se mostrou
satisfeito por estar ao lado de tantos jovens. “O sentimento de cada
pessoazinha dessa engrandece o Brasil. Provavelmente, eles têm uma
formação básica de família. Acho que este mundo não está totalmente
perdido não”, analisou. Para ele, o papa é a única personalidade mundial
capaz de reunir tanta gente com um só pensamento. “Não é questão de
religião, do catolicismo ou o que seja. É o indivíduo”, disse.
De acordo com o comandante do Batalhão de Policiamento de Áreas
Turísticas, tenente coronel Joseli Cândido da Silva, cerca de 5 mil
pessoas se concentraram no pátio da catedral. Segundo o coronel, 50
policiais participaram do esquema de segurança da área interna da
catedral.“[Não houve] Nenhum incidente. Tudo transcorreu muito bem, não
teve qualquer transtorno”, comentou.
Durante a Jornada Mundial da Juventude, os policiais irão distribuir
folhetos aos turistas e peregrinos com dicas de segurança em cinco
idiomas (português, inglês, francês, italiano e espanhol).
Fonte: Agência Brasil