Um
pacto nacional e um novo modelo de ensino em tempo integral foram
defendidos pelo professor e escritor, deputado federal Gabriel Chalita,
durante a apalestra de abertura do Seminário Motores do Desenvolvimento
do Rio Grande do Norte. Para o parlamentar, o problema não é apenas a
destinação de dinheiro - cuja fatia repassada poderá crescer com a
destinação de recursos do royalties do petróleo e a destinação de l0% do
PIB para a educação – mas melhor controle e aplicação, a partir de
necessidades identificadas previamente e da definição de competências
por cada ente.
Magnus Nascimento
O
deputado federal, escritor e ex-secretário de educação de São Paulo,
Gabriel Chalita, foi a grande atração da primeira parte do seminário,
pela manhã, falando sobre alternativas para a Educação
O
aperfeiçoamento da rede, passa por três pilares: modelo de ensino em
tempo integral, valorização e formação de professores maior destinação e
gestão da qualidade de ensino.
O modelo que prioriza a maior permanência do aluno na escola, com ensino em tempo integral, é praticado pelos 20 países com melhor resultado no PISA, destacou o ex-secretário de educação de São Paulo. “Não é possível ensinar e aprender em 4 horas, é preciso que esta seja uma prioridade do sistema de educação”, afirma.
Com um índice de 60% de analfabetismo funcional, em que crianças do 5º ano do ensino fundamental não detém capacidade de resolver conhecimentos básico em português e matemática, os níveis da educação básica é considerado pelo escritor “bem abaixo do ideal, apesar dos avanços.”
Comparando a forma como a educação é tratada no Brasil e em outros países, como o Chile, Paraguai e Uruguai - que conseguem melhores desempenhos educacionais, apesar de menor PIB - Gabriel Chalita criticou o modo como modelos de ensino desenvolvidos por educadores brasileiros são abandonadas no país, apesar de exitosas.
“Temos um problema de continuidade nos programas de educação. O método de alfabetização Paulo Freire, criado no Brasil, foi abandonado e usado com êxito nos EUA. A forma de ensino defendida por Anísio Teixeira, de educação integral, é usado no Chile. Por que não conseguimos fazer isso aqui também?”, disse.
A escola deve ser capaz de desenvolver nos alunos as habilidades cognitivas (de aprendizagem considerando as diferenças e tempos de cada um); social (de desenvolvimento da relação interpessoal, para trabalhar em equipe); e a emocional. “Numa era de inteligências múltiplas, não existe criança inteligente ou criança burra, existe criança que é estimulada a desenvolver essas habilidades”, explica.
Para isso, Chalita reiterou a necessidade de maior formação dos professores, com formação continuada e condizente com as tecnologias atuais, mas sem abandonar conhecimentos e alguns recursos “da educação do passado”. “Precisamos formar nossos professores para que as habilidades cognitiva, social e emocional sejam eficazes e também atraentes para os nossos alunos. É preciso investir em formação e valorizar”, enfatiza.
Reverter a falta de interesse de profissionais pelo magistério e melhorar a qualidade da educação de base, defende ele, passa pela valorização do profissional em três níveis: “cabeça, coração e bolso. A cabeça tem a ver com formação, coração com respeito e diálogo, bolso com salário”, defende.
Posicionando-se contrário a federalização da folha de pagamento dos professores da educação básica, o deputado admite a possibilidade de estudar meios de desonerar esta folha e haver maior corresponsabilidade com o governo federal, de modo a dar a municípios e estados maior fôlego para investimentos na área. “A gestão e o cumprimento do papel por cada ente é mais importante”, afirma. Os gestores, enfatiza ele, devem priorizar a construção de creches, em vez de implantar universidades públicas, mantidas por estados em municípios. “Não sou contra o ensino superior. Creche é essencial no processo educativo e deve ser priorizado, não é ação social”, ressaltou o deputado federal.
O modelo que prioriza a maior permanência do aluno na escola, com ensino em tempo integral, é praticado pelos 20 países com melhor resultado no PISA, destacou o ex-secretário de educação de São Paulo. “Não é possível ensinar e aprender em 4 horas, é preciso que esta seja uma prioridade do sistema de educação”, afirma.
Com um índice de 60% de analfabetismo funcional, em que crianças do 5º ano do ensino fundamental não detém capacidade de resolver conhecimentos básico em português e matemática, os níveis da educação básica é considerado pelo escritor “bem abaixo do ideal, apesar dos avanços.”
Comparando a forma como a educação é tratada no Brasil e em outros países, como o Chile, Paraguai e Uruguai - que conseguem melhores desempenhos educacionais, apesar de menor PIB - Gabriel Chalita criticou o modo como modelos de ensino desenvolvidos por educadores brasileiros são abandonadas no país, apesar de exitosas.
“Temos um problema de continuidade nos programas de educação. O método de alfabetização Paulo Freire, criado no Brasil, foi abandonado e usado com êxito nos EUA. A forma de ensino defendida por Anísio Teixeira, de educação integral, é usado no Chile. Por que não conseguimos fazer isso aqui também?”, disse.
A escola deve ser capaz de desenvolver nos alunos as habilidades cognitivas (de aprendizagem considerando as diferenças e tempos de cada um); social (de desenvolvimento da relação interpessoal, para trabalhar em equipe); e a emocional. “Numa era de inteligências múltiplas, não existe criança inteligente ou criança burra, existe criança que é estimulada a desenvolver essas habilidades”, explica.
Para isso, Chalita reiterou a necessidade de maior formação dos professores, com formação continuada e condizente com as tecnologias atuais, mas sem abandonar conhecimentos e alguns recursos “da educação do passado”. “Precisamos formar nossos professores para que as habilidades cognitiva, social e emocional sejam eficazes e também atraentes para os nossos alunos. É preciso investir em formação e valorizar”, enfatiza.
Reverter a falta de interesse de profissionais pelo magistério e melhorar a qualidade da educação de base, defende ele, passa pela valorização do profissional em três níveis: “cabeça, coração e bolso. A cabeça tem a ver com formação, coração com respeito e diálogo, bolso com salário”, defende.
Posicionando-se contrário a federalização da folha de pagamento dos professores da educação básica, o deputado admite a possibilidade de estudar meios de desonerar esta folha e haver maior corresponsabilidade com o governo federal, de modo a dar a municípios e estados maior fôlego para investimentos na área. “A gestão e o cumprimento do papel por cada ente é mais importante”, afirma. Os gestores, enfatiza ele, devem priorizar a construção de creches, em vez de implantar universidades públicas, mantidas por estados em municípios. “Não sou contra o ensino superior. Creche é essencial no processo educativo e deve ser priorizado, não é ação social”, ressaltou o deputado federal.
Fonte: Tribuna do Norte