Eleições 2014: Henrique Alves costura chapão com PMDB, PT e PSB, mas Wilma é problema

O presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves – que comanda o PMDB potiguar – tomou gosto pela articulação política com vista às eleições do próximo ano. Depois que o seu partido rompeu com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), Henrique não pensa em outra coisa: candidatura da legenda peemedebista ao Governo do Estado. O repórter foi informado por uma fonte que ele teria conversado com o ministro Garibaldi Filho e pedido para que, tanto Garibaldi quanto o deputado estadual Walter Alves, parassem com a negativa relacionada à candidatura majoritária, pois mataria o discurso do próprio partido.
A conversa surtiu efeito e Henrique já iniciou entendimento com outros partidos políticos visando à formação de um chapão, envolvendo PMDB, PSD e PT à majoritária.
Segundo informações não-oficiais, Henrique Alves teria proposto ao PSB e ao PT alternativas já decididas: o PMDB indicaria o candidato ao Governo e com preferência voltada ao nome de Garibaldi Filho. O PSB indicaria a deputada estadual Márcia Maia como candidata à vice-governadora e o PT, a deputada federal Fátima Bezerra como nome ao Senado. O PT aceitou a proposta, mas o PSB da vice-prefeita de Natal e ex-governadora Wilma de Faria rejeitou. É que Wilma quer a vaga ao Senado. E Fátima Bezerra não abre mão. É o único nó que o PMDB precisa desatar à formatação do chapão.
No cenário idealizado por Henrique Eduardo Alves, a chapa majoritária já estaria formada e faltaria apenas resolver pendências envolvendo PSB e PT. Além disso, alianças às chapas proporcionais também começaram a ser conversadas com algumas legendas: PR, PP, DEM e outros.
No caso do Democratas, a situação se complica. É que não se concebe o fato do presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, estar dialogando sobre formação da chapa proporcional com o PMDB, quando este rompeu politicamente com a governadora Rosalba Ciarlini. O entendimento que se tem é que o DEM prioriza a chapa proporcional e estaria deixando de lado a provável candidatura à reeleição de Rosalba. Em tese, Agripino tem interesse em salvar o mandato do filho, deputado federal Felipe Maia. É que, ficando isolado e sem perspectivas de aliança proporcional com algum partido que acrescente votos, Felipe dificilmente se reelegeria.
No caso do PSD do vice-governador Robinson Faria, a situação também é complicada. Ele é pré-candidato ao Governo do Estado declarado e, em recente entrevista à imprensa da capital, afirmou estar em sintonia com o PSD, PT e PDT, do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves. Disse ainda que não faria sentido convidar o PMDB para integrar a oposição, mas não descartou a possibilidade de entendimento.
Como se vê, alguém vai sobrar na história. Ontem, quando cumpriu agenda em Mossoró, a vice-prefeita e ex-governadora Wilma de Faria omitiu que tivesse conversado com o PMDB. Falou apenas em entendimento com o PSD, PT e PDT. Certamente, ela estaria insatisfeita com a proposta dos peemedebistas e, caso fique fora do chapão idealizado por Henrique, poderia decidir por sair candidata ao Governo do Estado. Algo que a deputada estadual Márcia Maia (PSB) já ventilou à imprensa da capital.

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