O raiar do dia na Comunidade de Resistência Gregório Bezerra, em Ielmo Marinho, é marcado por muito trabalho. Seja no roçado, na limpeza do terreiro, no cuidado com os animais, cozinhando ou cortando lenha, cada um dos assentados tem sua responsabilidade.
Em comum, eles têm o objetivo de se sustentar da produção na agricultura familiar e a vontade de adquirir conhecimento. Tanto que, dos 13 membros da comunidade, nove estão participando do Projeto de Alfabetização no Campo, realizado pelo Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) e do Projeto Governo Cidadão, com recursos do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.
Maria José de Andrade, de 66 anos, é uma das aplicadas alunas. Natural de Macaíba, trabalha na roça desde os seis anos de idade, nunca frequentou uma escola e sequer sabia escrever seu nome. Uma realidade dura, mas muito frequente no Estado. Somente no RN, são contabilizados 403,5 mil analfabetos e destes, 85% têm entre 50 e 70 anos.
“Naquela época, nossos pais não ligavam para o estudo. Eles achavam que era importante trabalhar com eles na plantação. Depois que cresci e podia tomar as minhas próprias decisões, vieram os filhos para criar. Fiquei sem tempo. Mas só eu sei o que a falta de estudo me custou”, reclamou Maria, contando que até pouco tempo a simples ida a um banco era um martírio. E completou: “Nunca é tarde para aprender; agora já assino meu nome e leio várias palavras”.
Cadenciando o soletrar do alfabeto que denunciava o início da aula, Nivaldo Ferreira, agricultor forte de 79 anos, contou que nem nos seus sonhos podia se imaginar dentro de uma sala de aula. “Meu pai dizia que estudo não enchia bucho de ninguém. E a gente foi vivendo assim. Hoje vejo que quando a pessoa não é estudada, nem emprego consegue. Por isso, sempre incentivei meus filhos a estudarem e se esforçarem e, agora, estou correndo atrás do tempo perdido, aprendendo o que devia ter aprendido lá atrás”, comemorou.
A partir desta ação iniciada em abril de 2019, muitas Marias e Nivaldos, que somam aproximadamente 2.500 trabalhadores e trabalhadoras rurais, estão sendo alfabetizados. São 100 turmas ao longo de 28 municípios potiguares, assistidas, cada uma delas, por um técnico agrário e um alfabetizador, capacitados pela Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern).
A educadora e técnica agrária, Jaqueline Rosseti, falou dos desafios que vem enfrentando nesta tarefa que abraçou junto com o filho e alfabetizador, Adeilton Rosseti. Segundo ela, as dificuldades começam em prender a atenção dos alunos que já chegam cansados às aulas, mas que o esforço é válido e extremamente gratificante. “Estamos atendendo aqui diversas necessidades desses trabalhadores rurais, já que além de aprender a ler e escrever, estão trocando experiências no que diz respeito à terra e às boas práticas para que lhes dêem bons frutos”.
O secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, destacou que este projeto é parte de um conjunto mais amplo de ações voltadas ao trabalhador rural. “Jovens, adultos e idosos do campo de mais de 80 comunidades estão sendo beneficiados com este projeto que, visando a queda do índice de analfabetismo no RN, busca ainda o desenvolvimento rural sustentável”, disse.
Corroborando Mineiro, o secretário de Educação do RN, Getúlio Marques, pontuou que as turmas de alfabetização levam ao campo uma oportunidade que, ao longo da vida, foi negada as trabalhadoras e trabalhadores rurais: o acesso ao ensino, dando ainda a chance de terem uma qualificação profissional e social. “É uma política de ensino que deixa bons frutos em nossa rede e amplia a oportunidade de inserção dos trabalhadores rurais na economia do Estado”, finalizou Marques.
Em comum, eles têm o objetivo de se sustentar da produção na agricultura familiar e a vontade de adquirir conhecimento. Tanto que, dos 13 membros da comunidade, nove estão participando do Projeto de Alfabetização no Campo, realizado pelo Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) e do Projeto Governo Cidadão, com recursos do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.
Maria José de Andrade, de 66 anos, é uma das aplicadas alunas. Natural de Macaíba, trabalha na roça desde os seis anos de idade, nunca frequentou uma escola e sequer sabia escrever seu nome. Uma realidade dura, mas muito frequente no Estado. Somente no RN, são contabilizados 403,5 mil analfabetos e destes, 85% têm entre 50 e 70 anos.
“Naquela época, nossos pais não ligavam para o estudo. Eles achavam que era importante trabalhar com eles na plantação. Depois que cresci e podia tomar as minhas próprias decisões, vieram os filhos para criar. Fiquei sem tempo. Mas só eu sei o que a falta de estudo me custou”, reclamou Maria, contando que até pouco tempo a simples ida a um banco era um martírio. E completou: “Nunca é tarde para aprender; agora já assino meu nome e leio várias palavras”.
Cadenciando o soletrar do alfabeto que denunciava o início da aula, Nivaldo Ferreira, agricultor forte de 79 anos, contou que nem nos seus sonhos podia se imaginar dentro de uma sala de aula. “Meu pai dizia que estudo não enchia bucho de ninguém. E a gente foi vivendo assim. Hoje vejo que quando a pessoa não é estudada, nem emprego consegue. Por isso, sempre incentivei meus filhos a estudarem e se esforçarem e, agora, estou correndo atrás do tempo perdido, aprendendo o que devia ter aprendido lá atrás”, comemorou.
A partir desta ação iniciada em abril de 2019, muitas Marias e Nivaldos, que somam aproximadamente 2.500 trabalhadores e trabalhadoras rurais, estão sendo alfabetizados. São 100 turmas ao longo de 28 municípios potiguares, assistidas, cada uma delas, por um técnico agrário e um alfabetizador, capacitados pela Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern).
A educadora e técnica agrária, Jaqueline Rosseti, falou dos desafios que vem enfrentando nesta tarefa que abraçou junto com o filho e alfabetizador, Adeilton Rosseti. Segundo ela, as dificuldades começam em prender a atenção dos alunos que já chegam cansados às aulas, mas que o esforço é válido e extremamente gratificante. “Estamos atendendo aqui diversas necessidades desses trabalhadores rurais, já que além de aprender a ler e escrever, estão trocando experiências no que diz respeito à terra e às boas práticas para que lhes dêem bons frutos”.
O secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, destacou que este projeto é parte de um conjunto mais amplo de ações voltadas ao trabalhador rural. “Jovens, adultos e idosos do campo de mais de 80 comunidades estão sendo beneficiados com este projeto que, visando a queda do índice de analfabetismo no RN, busca ainda o desenvolvimento rural sustentável”, disse.
Corroborando Mineiro, o secretário de Educação do RN, Getúlio Marques, pontuou que as turmas de alfabetização levam ao campo uma oportunidade que, ao longo da vida, foi negada as trabalhadoras e trabalhadores rurais: o acesso ao ensino, dando ainda a chance de terem uma qualificação profissional e social. “É uma política de ensino que deixa bons frutos em nossa rede e amplia a oportunidade de inserção dos trabalhadores rurais na economia do Estado”, finalizou Marques.
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