Em sua primeira viagem internacional depois de mais quatro anos, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido pelo papa
Francisco, para discutir o combate à desigualdade. O encontro foi realizado pouco antes das 16h (horário de Roma, 12h de Brasília; às 15h49, segundo o Corriere della Sera) desta quinta-feira (13) na Casa Santa Marta, ao lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde o papa reside.
“Encontro com o Papa Francisco para conversar sobre um mundo mais justo e fraterno”, escreveu o ex-presidente. Segundo o Brasil 247 , o líder da Igreja Católica – que deu uma bênção ao líder brasileiro – ganhou um exemplar do livro Lula e a Espiritualidade: oração, meditação e militância (editoras
247 e Kotter). A audiência foi intermediada pelo presidente da
Argentina, Alberto Fernández, que esteve com o papa em 31 de janeiro.
E
teve caráter reservado, sem constar da agenda oficial. A assessoria do
Vaticano apenas confirmou que o papa “teve um encontro de forma
particular” com Lula.
Durante sua prisão na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, Lula escreveu ao papa e falou de sua busca por justiça. Recebeu resposta solidária do Sumo Pontífice:
“Tendo presente as duras provas que o senhor viveu ultimamente,
especialmente a perda de alguns entes queridos — sua esposa Marisa
Letícia, seu irmão Genival Inácio, e mais recentemente, seu neto Arthur,
de somente 7 anos — quero lhe manifestar minha proximidade espiritual e
lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em
Deus”.
No último dia 5, Lula escreveu em rede social sobre o
encontro: “Vou visitar o Papa Francisco para agradecer não só pela
solidariedade que teve comigo em um momento difícil, mas sobretudo pela
dedicação dele ao povo oprimido. Também quero debater a experiência
brasileira no combate à miséria”.
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