O carnaval 2020 está chegando e o Ministério Público do Rio Grande
do Norte (MPRN) começa a divulgar hoje (14) a campanha
#NãoVacilaNaFolia. A intenção é esclarecer e dar dicas sobre o crime de
importunação sexual. O crime de importunação sexual é um ato libidinoso
praticado sem autorização a fim de satisfazer desejo próprio ou de outra
pessoa. O crime pode levar a uma pena de um a cinco anos de prisão.
"Carnaval é uma festa de alegria e de liberdade. No entanto, as pessoas
não devem confundir isso como uma licença ou salvo-conduto para
praticar o assédio contra as mulheres", comenta a promotora de Justiça e
coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima da Violência Doméstica e
Familiar (Namvid/MPRN), Érica Canuto, ressaltando que comumente as
pessoas, não só os homens, mas também as mulheres, têm muita dúvida
sobre o que é assédio e o que é a paquera.
"O limite é justamente a autonomia e a liberdade da mulher. Entendam
quando a mulher diz um não como um não. Muitas vezes os homens encaram
como sendo a mulher se fazendo de difícil. E aí puxa a mulher, puxa o
braço, puxa o cabelo. Quando ela se recusa, ele xinga com palavrões",
pontuou.
A promotora ainda sugere que as mulheres tenham sempre à mão o celular,
para tentar gravar e filmar. "A violência doméstica é sempre de alguém
do convívio da vítima. Porém, o assédio e a importunação sexual,
especialmente no Carnaval, será de uma pessoa desconhecida. E nesse
caso, ficará mais fácil localizar e responsabilizar o autor da agressão
se a mulher conseguir filmar ou fotografar", orientou.
A campanha #NãoVacilaNaFolia será veiculada nas redes sociais oficiais
do MPRN e abordará 7 situações: “Importunação sexual não tem desculpa!
Tem lei”, “O que vier depois do não é importunação!”, “Passar a mão sem
consentimento é crime!”, “Filmar e fotografar partes íntimas sem
consentimento é crime!”, “Beijar sem consentimento é crime!”, “Encostar
sem consentimento é crime!” e “Levantar ou baixar a roupa sem
consentimento é crime!”.
Em casos de assédio e estupro, as pessoas podem fazer denúncias pelo
telefone, no número 180 – discagem gratuita. O número é nacional, mas a
denúncia vai para a mesa do promotor e para a mesa das delegadas da
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam). "Caso não
queiram denunciar pelo telefone, podem ir direto à Deam ou à Delegacia
de Plantão", completa a coordenadora do Namvid.
Confira a campanha do MPRN nas redes sociais:
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