Um grupo de professores da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte (UERN), que integram a Frente Parlamentar e Popular em Defesa da
Uern, se reuniu na tarde desta segunda-feira (10) com a diretoria da
Associação dos Docentes (ADUERN) para discutir questões relacionadas à
proposta de reforma da previdência apresentada pelo Governo do Estado e
que devem impactar bastante a vida do servidores da universidade.
O grupo - formado por professores e técnicos de departamentos
diversos - encaminhou carta ao Gabinete Civil do Governo do Estado
solicitando o adiamento do envio do projeto de reforma previdenciária à
Assembleia Legislativa - previsto para esta semana - para que pudessem
elaborar uma proposta com sugestão de ajustes que tornem a medida mais
justa para os servidores. O documento foi subscrito por 40 docentes e
técnicos administrativos. Até o momento, não houve resposta.
Os professores expuseram à diretoria da Aduern que, aprovada no
modelo em que se encontra, a reforma previdenciária do Governo do Estado
causará danos financeiros imediatos a grande parte dos servidores da
universidade, além de contribuir ainda mais com a defasagem salarial
construída ao longo dos últimos dez anos.
Além disso, considerando que o Governo do Estado não se pronunciou
sobre a prorrogação do prazo para envio do projeto de lei para a
Assembleia Legislativa, bem como não disponibiliza a base de dados para
realização de cálculos e projeções, esse grupo de servidores considera
inviabilizada a apresentação de uma proposta consistente de revisão das
alíquotas de desconto da previdência dos servidores ativos e inativos.
Não é possível pensar em uma reforma previdência sustentável, sem o
conhecimento dos dados relacionados.
Mesmo diante da dificuldade para elaboração de uma proposta técnica,
devido a falta de prazo suficiente e a indisponibilidade de dados, os
professores defenderam a necessidade de abertura de diálogo com o
governo, e apontaram medidas que consideram fundamentais para reduzir o
impacto financeiro da reforma para os servidores:
1) inclusão da educação superior no regime especial que garante a
redução da idade mínima de aposentadoria em 5 anos, desde que comprovado
tempo de efetivo exercício das funções de magistério;
2) melhor distribuição das alíquotas progressivas em relação às faixas salariais dos servidores;
3) alteração nas regras de transição;
4) mecanismo de atualização das alíquotas para cada faixa salarial;
5) aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, este último ponto, também defendido pela ADUERN.
A presidente da Aduern, Patrícia Barra, informou que uma assembleia
da categoria será marcada para a próxima sexta-feira e que as sugestões
apresentadas pelo grupo podem ser discutidas também neste momento. Por
fim, o grupo de servidores vinculados à Frente Parlamentar e Popular em
Defesa da UERN declarou que enviará as sugestões ao Governo.
Participaram da reunião os professores Esdras Marchezan, Francisco
Carlos, Zezineto Mendes, Mairton França e Francisco Soares de Lima. Além
da presidente da Aduern, Patrícia Barra, participaram também a
vice-presidente, Kelânia Freire, a tesoureira, Flávia Spinelli, e a
diretora do setor de aposentados, Lúcia Musmee.
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