Reunido em Brasília na manhã desta quarta-feira, 11, o Fórum dos
Governadores do Brasil acatou por unanimidade a carta apresentada pela
governadora Fátima Bezerra que solicita a aprovação rápida pelo
parlamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o novo
Fundo de Desenvolvimento e Valorização do Ensino Básico – Fundeb.
O
Fundeb que está em vigor tem validade até junho deste ano. Após este
prazo, se não for aprovado o novo Fundeb, a educação básica, que atende
40 milhões de brasileiros, ficará sem sua principal fonte de
financiamento. Diante deste quadro, os governadores externaram sua
preocupação na carta elaborada pela governadora Fátima Bezerra que, como
deputada federal, foi relatora do atual Fundeb.
Os governadores
solicitam agilidade da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na
aprovação da PEC 15/15 que é considerada, entre outras três em
tramitação, a que melhor atende as necessidades. Relatada pela deputada
federal Dorinha Seabra (DEM/TO) a PEC 15/15 foi analisada por uma
comissão parlamentar especial, foi tema de diversas audiências públicas,
passou por análises de consultores legislativos, especialistas em
educação, gestores, entidades da área de educação e organizações da
sociedade civil.
Apoiada pelos Governadores, a PEC 15/15 torna o
Fundeb uma política de Estado permanente, amplia a participação da União
no financiamento da educação básica e revisa a metodologia da
distribuição de recursos da complementação pelo Governo Federal aos
Estados e Municípios.
A governadora Fátima Bezerra enfatizou que é
urgente a votação e aprovação da PEC e lembrou que a Câmara dos
Deputados já havia assumido este compromisso. Após aprovação na Câmara, a
matéria precisa ser analisada e votada também no Senado. “É urgente a
aprovação do novo Fundeb. Estamos tratando da educação básica, do
atendimento às nossas crianças e jovens, que não podem ficar sem o
financiamento público e precisam de educação de qualidade”, afirmou.
Caso
não seja renovado, o fundo deixará de existir e atualmente o Fundeb
equivale, segundo o Ministério da Educação (MEC), a 63% de tudo que é
investido nas escolas públicas do Brasil. “O que colocamos hoje no Fórum
é a reafirmação dos pressupostos básicos da proposta: tornar o Fundeb
permanente, ampliar o financiamento da União e aprimorar os critérios de
distribuição. Estas são medidas fundamentais para os Estados e
Municípios atenderem as demandas da população e assegurar o direito de
todos à educação”, finalizou Fátima.
A PROPOSTA QUE TORNA PERMANENTE O FUNDEB
- Desde 2010, o Governo Federal contribui com apenas 10% do valor do Fundeb.
- A contribuição passa a 15% até 2021, com acréscimos anuais de 2,5 pontos percentuais até chegar a 40% em 2031.
- O impacto orçamentário total seria de R$ 279,8 bilhões.
- O Fundeb é composto por recursos arrecadados por estados e municípios e da complementação feita pela União.
- O fundo é hoje o principal mecanismo de financiamento da educação básica, que vai da creche ao ensino médio.
- O dinheiro é usado para pagamento do salário dos professores e para ações de manutenção e desenvolvimento do ensino, como obras e aquisição de equipamentos.
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