O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), disse nesta terça-feira que compartilhará dados da comissão, que está em sua reta final, com vários órgãos de investigação, como a Procuradoria-Geral da República (PGR), unidades do Ministério Público Federal (MPF) nos estados e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Ele disse também que não vai “miar” no relatório e que o presidente Jair Bolsonaro vai ser, sim, um dos indiciados, num total de mais de 30 nomes.
— Vamos mandar para o PGR apenas o que couber à PGR. Vamos destrinchar para o MPF do DF, de São Paulo, outros estados, TCU — disse Renan em entrevista antes da sessão.
Questionado se Bolsonaro pode ser indiciado pela CPI, Renan respondeu:
— Pode ser, com certeza será. Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Ele com certeza será sim pelo que praticou.
Sobre outros nomes que vão constar no relatório, o relator disse:
— O presidente da República, os ministros, as pessoas que tiveram participação efetiva no gabinete paralelo, no gabinete do ódio, e todos aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de dinheiro público, na roubalheira. Essas pessoas serão responsabilizadas.
Perguntado se o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai ser ouvido novamente, ele disse que não. O ministro já prestou depoimento duas vezes na CPI. A comissão, por outro lado, poderá mandar perguntas por escrito para ele.
— Acho que não, porque esta semana é a última de depoimentos. Os três depoentes já estão escolhidos. E vamos encerrar os depoimentos. Dia 19 vamos ter a cerimônia de encerramento.
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