Vice Fábio Dantas diz que Robinson tomará medidas imediatas para população notar que o novo governo chegou

Com o governador eleito Robinson Faria em São Paulo, para um encontro de família em torno do neto Pedro, filho do deputado Fábio Faria e da apresentadora Patrícia Abravanel, coube ao vice-governador eleito Fábio Dantas participar da festa da vitória no município de Cruzeta, ontem à noite.
A festa foi organizada pelo ex-prefeito José Sally.
Em entrevista ao repórter José Wilson, da Rádio Cabugi do Seridó, já na madrugada de hoje, o vice de Robinson falou sobre os planos do governo e sobre as dificuldades que ele e Robinson já sabiam que iriam encontrar.
Eis a entrevista que foi ao ar agora à tarde na região do Seridó.

À primeira vista, como será o inicio do governo Robinson Faria?
Fábio Dantas – Deve ser marcado por medidas iniciais de muita reponsabilidade. O estado do RN passa por muitas dificuldades, nós conhecíamos as dificuldades antes de sermos eleitos. Porém, agora, a gente pôde adentrar melhor no orçamento que chegou à Assembleia Legislativa, e que além das dificuldades pretéritas, existe a questão de no próximo ano um orçamento com déficit na folha de pagamento de mais de um bilhão de reais, e nós vamos ter que nos debruçar com excesso de arrecadação para poder suprir essa deficiência já no ano de 2015.
Com a situação de caos em que se encontram a Segurança, Saúde e Educação do estado, de qual o senhor, como coordenador da transição está começando a ter ciência?
Fábio Dantas - Ainda não recebemos os dados das secretarias nem do Gabinete Civil da governadora. Mas, a princípio, o que a gente vê é que precisamos fazer uma ampla reforma na forma de fazer um gerenciamento na coisa pública a partir de 1º de janeiro. Estamos serenos do que queremos, mas precisamos se debruçar mais sobre os dados mais concretos, para sabermos as dificuldades reais do RN a partir do resultado dessa transição.
O futuro governador tem dito que começará a mostrar resultados positivos na Saúde, Educação e Segurança nos primeiros dias de governo. Como o senhor, pela sua experiência na política e no serviço público, encara este propósito do futuro governo? O senhor já se deparou com problemas sem solução imediata?
Fábio Dantas - O governador Robinson tem o anseio de todos os Norte-rio-grandenses; melhorar a qualidade de vida do nosso povo e os serviços públicos de forma eficiente para a população. Acredito que os problemas que temos que enfrentar são problemas realmente que demandam um trabalho maior. Mas, as primeiras medidas, que são elas que darão a cara do governo nos primeiros dias, são medidas que faremos independente da situação pretérita. Vamos olhar pra o futuro e fazer essas medidas nos primeiros dias, colocando nas ruas o sentimento de que o governo chegou.
O fato do chefe da Casa Civil, que tem notoriamente a condição de inabordável, ter pedido cinco dias de prazo para responder as primeiras indagações da equipe de transição lhe parece dificuldade para que todas as informações solicitadas sejam atendidas no tempo necessário para estudos?
Fábio Dantas - Ele disse até cinco dias e a gente espera que quanto mais rápido as informações chegarem, mais rápido vamos poder respondê-las.  Já demos as primeiras solicitações de informações e esperamos que em pequeno espaço de tempo ele possa nos trazer essas informações. Mas, já nos cercamos da equipe técnica que está conosco, já conseguimos muitas documentações nos portais da transparência, CIAV e CICONV.
A confirmação ou não é do governador, mas o senhor admite que a delegada Kalina Leite possa ser a próxima e a primeira mulher a ocupar a Secretaria de Segurança Pública e Julianne Faria a área social do governo?
Fábio Dantas - Já conversei com Robinson e não existe nenhum nome definido para nenhuma secretaria. A delegada Kalina é um nome preparado para qualquer exercício no governo e Julianne, além de esposa do governador, teve uma participação fundamental na campanha e no ponto de vista social, foi muito forte, e também reúne condições para exercer qualquer cargo.  Mas, não houve dentro da nossa conversa inicial nenhuma definição de nomes. Qualquer pessoa pode fazer parte do secretariado, eu externei ao governador que alguns nomes, 3 ou 4, poderiam ser anunciados na hora que tivesse, para poder ajudar na equipe de transição.
O senhor está sendo, pelo fato de ser atualmente deputado estadual e bom articulador, a pessoa que terá participação de destaque na sucessão da presidência da Assembleia? Qual a disposição do governo e sua bancada?
Fábio Dantas - O governador disse que a decisão da presidência da Assembleia é uma decisão interna daquela Casa. Estou lá no dia-a-dia e vejo as movimentações dos deputados na busca de criarem condições de serem candidatos. Hoje posso dizer que os deputados Álvaro Dias, Gustavo Carvalho, Ezequiel Ferreira e Ricardo Motta despontam como pretensos candidatos, e sabemos que qualquer um deles tem condições de presidir aquela Casa.
Existe realmente a tendência do governador eleito não interferir no processo sucessório da Assembleia?
Fábio Dantas - A principio ele diz que não, mas ninguém sabe, faltam três meses para a eleição. Eu acredito que ao se aproximar mais não haverá disputa, será uma eleição de consenso. O candidato que apresentar melhores condições de ganhar, os outros seguirão, geralmente é assim na Assembleia, até para evitar o desgaste da Casa e dos deputados.
Poderia ser essa posição, um aceno de desejo de bom entendimento e respeito às decisões dos deputados?
Fábio Dantas - Com certeza. Eu faço parte da Assembleia e antes de ser vice-governador, sou deputado e participei desse mandato. Pude ver a importância que a Casa tem e principalmente a harmonia que tem entre os poderes, é essencial o bom funcionamento da Assembleia Legislativa, do judiciário e ministério público, são eles o instrumento de uma sociedade mais justa.
Fonte: Thaisa Galvão
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