A governadora Fátima Bezerra (PT) evitou os servidores na Assembleia
Legislativa, não comparecendo para a leitura da mensagem anual, na
segunda-feira (3); e os servidores decidiram evitar o governo nesta
quarta-feira (5), não comparecendo a reunião convocada pelo chefe de
gabinete do governo, Raimundo Alves, para tratar sobre a reforma da
Previdência.
O Fórum Estadual de Servidores decidiram por realizar uma reunião na
sede do Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL-RN) e conceder coletiva à
imprensa para falar sobre o movimento de resistência à reforma da
Previdência e a luta pelo pagamento dos salários atrasados.
Para os sindicalistas, se um dia houve “lua-de-mel” com o governo
Fátima Bezerra, essa relação está interrompida. As entidades sindicais
acusam a governadora de trair a sua história de luta em defesa dos
trabalhadores ao “impor” uma reforma que “vai tirar direitos dos
servidores públicos estaduais”.
A presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta,
Janeayre Souto, afirmou que as categorias não vão negociar o
inegociável. “Não aceitamos a PEC da morte”, afirmou, referindo-se a
proposta que a governadora Fátima encaminhará à Assembleia Legislativa
para reforma o sistema previdenciário estadual.
A proposta apresentada pelo governo Fátima tem pontos mais duros do
que a reforma da Previdência nacional, segundo os sindicalistas. É o
caso das alíquotas que sobem para 12% e vão até 18,5%, além de taxar
servidores inativos que atualmente não isentos de contribuição.
As taxas variam de 12% a 18,5%, com isenção para inativos que
recebem até R$ 2.500,00. Atualmente, a isenção beneficia inativos que
recebem até o teto da previdência da União, que é de R$ 6.101,05.
Os servidores paralisaram as atividades por 48 horas no início da
semana. Montaram tenda em frente ao Palácio José Augusto, sede da
Assembleia Legislativa, mas a governadora Fátima não apareceu. A “fuga”
piorou a situação e criou clima de revolta entre servidores e
sindicalistas.
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