Inevitavelmente, em qualquer profissão ou atividade, o ser humano necessita estar em relacionamento com seus semelhantes. Quando este relacionamento é harmonioso, contributivo, espontâneo, gera-se satisfação e progresso.
Ao contrário,
quando é conflituoso, surgem obstáculos aos desenvolvimentos das atividades,
gerando “emperramento” nos propósitos a alcançar.
Relações humanas
é a arte que surge quando dois ou mais indivíduos se encontram. Desta forma,
num ambiente de trabalho, em que duas ou mais pessoas partilham ideias e
tarefas, gera-se um convívio que poderá resultar em cooperação, em atritos,
comparações, etc.
A compreensão
dos outros (um dos aspectos mais importantes nas Relações Humanas) é a aptidão
para sentir o que os outros pensam e sentem, sem portanto, envolver-se com tais
sentimentos. Esta aptidão denomina-se empatia.
Lançando um olhar sobre as crises profundas que
desestruturam a sociedade, constata-se que a violência tanto física como moral,
gerada pela desvalorização à vida, é presença marcante no mundo atual.
O desrespeito aos princípios éticos que guiam e orientam
as relações humanas torna inviável a convivência harmoniosa entre as
pessoas.
Consideramos o fato de sermos uma sociedade globalizada,
informatizada e contemporânea, que se apresenta pautada na velocidade, satisfação
imediata, rapidez, agilidade, novidades científicas e tecnológicas a todo
vapor, nos deparamos por outro lado com
uma incapacidade humana de gerenciar , pensar e estabelecer diretrizes
para proteção e respeito da própria
raça. Característica esta natural do ser humano, pensante, afetivo e emocional
que precisa de tempo para processar informações, novidades e se adaptar.
O substantivo feminino ética, do latim ethos (= minha
morada). Designa a reflexão filosófica sobre a moralidade, sobre as regras e
códigos morais que orientam a conduta humana. Na Filosofia, a ética é
conceituada pela elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento dos
princípios normativos da conduta humana.
A universalidade da ética abrange
todos os campos da conduta humana ao longo da história.
As pessoas necessitam ter acesso as informações dos seus
direitos e deveres, informações estas que precisam ser socializadas, é necessário
uma reflexão sobre ética e política no conceito amplo, ligado intimamente à
cidadania. Porém precisamos nos mobilizar
não só por esta causa, precisamos mantê-la viva, ter espírito de mudança.
Exercer a democracia não se restringe a votar a cada dois
anos, implica participar ativamente de todas as questões da sociedade, propondo, cobrando,
pressionando e fiscalizando, pois elas interferem diretamente na vida de cada
um.
Uma sociedade participativa, é ser organizada, é ter
poder de voz e voto, somos um país jovem, e precisamos caminhar para a
maturidade politica e social, permitir horizontes melhores para nossos filhos,
netos, bisnetos.
Um aprendizado e um exercício de cidadania é frequentar
os Conselhos de Direitos, os Conselhos Municipais de nossa cidade, chamados de órgãos de controle social,
entendido como controle sobre as ações do Estado pelo conjunto da sociedade
organizada em todos os segmentos sociais, visando o benefício do conjunto da
sociedade.
Nestes locais estão sendo discutidas e decididas questões
importantes para as mudanças sociais, infelizmente ainda pouco frequentado e
representado por pessoas cidadãs interessadas no bem comum.
Se não aprendermos o que são Direitos Humanos, Relações
Humanos, Ética e Cidadania, ficará cada vez mais difícil transformar a revolta,
a violência, a crise em uma atitude de crescimento e mudança pacífica.
Todos nós somos seres políticos e precisamos da ética
para promover o bem comum; ser cidadão com sentimento ético é ter consciência
de seus direitos e deveres.
Dessa interação, instaura-se uma sociedade democrática
humanizada, norteada pelos valores de justiça e solidariedade.