Portador da carta de renúncia do ex-deputado José Genoino (PT-SP), o
vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), afirmou nesta
terça-feira (3) que o correligionário entregou o mandato porque só não queria ter em seu currículo "deputado cassado".
Segundo o petista, a entrega do cargo começou a ser discutida na noite
de segunda-feira (2). Um dos dois integrantes do PT na Mesa Diretora,
Vargas procurou os colegas e tentou conversar sobre o adiamento do
processo. Como as indicações não eram favoráveis, os petistas começaram a
a discutir as saídas.
Pela regras da Câmara, para escapar da renúncia, ele precisaria entregar
o posto antes do processo chegar à CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça). A entrega do cargo foi feita por Vargas durante reunião da
Mesa Diretora, após a votação sobre a abertura preliminar do processo
indicar pela abertura.
"Ele [Genoino] me informou que não queria passar por um constrangimento
por uma Comissão de Ética. O único pleito [dele] era não ter no
currículo a expressão deputado cassado. Seus direitos políticos foram
retirados, a aposentadoria ele já tem. Se tratava de uma situação
absolutamente de terminar concluir os 25 anos aqui como homem honrado
que não quebrou o decoro parlamentar", disse Vargas.
Fonte: Uol