Governador compareceu ao velório do cantor na noite desta sexta-feira (20).
Artista faleceu em decorrência de complicações de um câncer de pulmão.
Eduardo Campos (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O governador Eduardo Campos afirmou, nesta sexta-feira (20), que o
cantor Reginaldo Rossi conseguiu fazer o brega ser ouvido por todos.
“Nós estamos vivendo um momento de luto em Pernambuco. Reginaldo
conseguiu quebrar preconceitos, aproximar universos que eram distantes
uns dos outros, fazer o brega ser ouvido por todos, fazer música popular
com qualidade, fazer um show com a presença de diversos ritmos da nossa
música”, afirmou durante o velório do músico, que ocorre na Assembleia
Legislativa, Centro do Recife.
Campos ainda destacou que o compositor contribuiu para divulgar as belezas de Pernambuco. “É uma perda muito grande da nossa cultura, um querido amigo, um pernambucano que levou o nome do nosso estado para o Brasil e para o mundo, que divulgou as belezas do Recife, de Itamaracá, de todo o nosso estado, que fez a alegria no palco de muitas gerações”, comentou.
Campos ainda destacou que o compositor contribuiu para divulgar as belezas de Pernambuco. “É uma perda muito grande da nossa cultura, um querido amigo, um pernambucano que levou o nome do nosso estado para o Brasil e para o mundo, que divulgou as belezas do Recife, de Itamaracá, de todo o nosso estado, que fez a alegria no palco de muitas gerações”, comentou.
Marceneiro Luiz Carlos, que faz cover de Rossi, foi ao
velório (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Ao ficar sabendo da notícia da morte de Rossi, o governador diz ter
ficado muito triste. “Por outro lado, foi o que disse a seus parentes:
Reginaldo Rossi não teve uma vida que comportasse limitações, ou seja, a
gente tenta depois compreender tudo isso, a gente que acredita em Deus
sabe que foi melhor”.
Na noite desta sexta, a movimentação de fãs continua grande no local do
velório. A vendedora Marlúcia Rodrigues, 52 anos, levou o filho Robson
José, 12, ao velório. “Não era fã como minha mãe, mas conhecia músicas
dele sim, claro", revelou o jovem. “Valeu muito a pena ter vindo. Não
fiquei muito tempo na fila e pude vê-lo. Vou fazer de tudo para ir ao
enterro amanhã [sábado]”, acrescentou Marlúcia.
Outra fã, a manicure Carla Margarida da Silva, 30, fugiu do trabalho e
enfrentou fila para poder se despedir do artista. “Dei uma desculpa para
minha chefe e vim. Já que vou trabalhar de novo no sábado, não poderei
ir ao enterro, então tinha que vê-lo hoje [sexta]. Escuto Reginaldo
Rossi desde que tinha 8 anos e pra mim brega, só ele", afirmou.
Ao entrar na Assembleia Legislativa, alguns fãs cantavam a música
“Garçom”, hit do cantor. Outros deixaram flores em cima do caixão. O
marceneiro Luiz Carlos de Souza fez questão de se vestir como o “Rei do
Brega”. Nas horas vagas, ele faz cover do ídolo e adota o nome de “Rossi
dos Coelhos”. "Somos conterrâneos, eu moro no bairro dos Coelhos, onde
ele nasceu. Para nós, ele não está morto, está apenas dormindo. O Rei
nunca morre, ele vive nos corações e nas canções", contou.
Silvério Pessoa destacou aspecto humano e cidadão do
compositor (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O cantor Alcimar Monteiro lembrou que Reginaldo Rossi o abrigou quando
ele chegou ao Recife para trabalhar. "Além de ter um coração enorme, ele
assumiu uma coisa que pouco artista tem, que é cantar o que o povo
canta. É falar da alma do brasileiro. Se fôssemos comparar Reginaldo a
um outro que conviveu com as letras, seria um Nelson Rodrigues, Jorge
Amado, ele cantou nossa ascendência", ressaltou.
Tendo frequentado a casa de Rossi, o deputado estadual Daniel Coelho
fez questão de ressaltar a capacidade de olhar o próximo que o cantor
tinha. "Eu vou guardar sempre a casa dele sempre cheia. Ele era uma
pessoa muito solidária, estava sempre ajudando todo mundo, isso é algo
que sempre vou guardar dele", comentou.
O aspecto humano e cidadão do compositor foi destacado também pelo
cantor Silvério Pessoa. “Ele cantava a cidade, Pernambuco. Muitos
artistas saem do Recife
e olham a cidade de longe, ele não. É muito difícil você escutar um
cantor exaltar a cidade como ele fez. Fora o legado musical, que é
indiscutível”, disse.
Falência múltipla
Rossi morreu na manhã desta sexta-feira, no Recife, de falência múltipla de órgãos, decorrente das complicações de um câncer no pulmão direito. O velório será realizado a partir das 19h desta sexta-feira, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, área central do Recife.
Rossi morreu na manhã desta sexta-feira, no Recife, de falência múltipla de órgãos, decorrente das complicações de um câncer no pulmão direito. O velório será realizado a partir das 19h desta sexta-feira, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, área central do Recife.
O médico Jorge Pinho, um dos integrantes da equipe que tratou do
artista, contou que o paciente vinha melhorando, mas, na quinta-feira
(19), apresentou fadiga muscular e insuficiência respiratória, com queda
no oxigênio. “Por isso nós tivemos que interceder para fazer nova
intubação. Ele teve que respirar com a ajuda de aparelhos, tivemos que
sedar o paciente, porque faz parte do protocolo”, esclareceu.
De acordo com Pinho, Reginaldo estava sedado, cercado de cuidados
devido a essa piora no quadro clínico. “Mesmo com a hemodiálise sendo
realizada, os rins dele não vinham respondendo. Ele estava anúrico, ou
seja, sem urinar nada. Todos os órgãos têm que participar em harmonia
para haver sucesso do tratamento”, afirmou.
Sepultamento do cantor será às 21h deste sábado na Zona Metropolitana do Recife.
Sepultamento do cantor será às 21h deste sábado na Zona Metropolitana do Recife.
Fonte: G1