Condenado pela Justiça Federal, Lauro Maia diz não ter pretensão de assumir vaga de Larissa, cassada ontem pelo TRE


O advogado Lauro Maia quebrou o silêncio após a decisão judicial de primeira instância que o condenou a 16 anos de prisão. O suplente de deputado estadual garante inocência, afirma que a decisão do juiz federal Mário Jambo foi “extremamente política” e que vai recorrer da condenação. A possibilidade de assumir uma vaga na Assembleia Legislativa após a cassação de Larissa Rosado (PSB) por possíveis irregularidades na campanha eleitoral de 2012 não atrai o advogado. Para Lauro Maia, Larissa Rosado tem todas as condições de permanecer no cargo e ele afirma que torce para que a companheira de PSB permaneça no Legislativo. “Não tenho pretensão, não quero e não torço para ficar na vaga de Larissa”, afirma Lauro Maia.
Lauro Maia afirma que está “focado” na defesa e não tem interesse em substituir a deputadaLauro Maia afirma que está “focado” na defesa e não tem interesse em substituir a deputada

Lauro Maia destaca que, apesar de anos de investigação, não houve provas de sua participação em qualquer irregularidade na administração pública, onde não exercia cargo. Ele garante que está tranquilo, apesar de triste com a condenação.

“Como cidadão brasileiro, por dever de formação e espírito democrático, respeito toda e qualquer decisão judicial, mas, no entanto, não posso aceitar calado ou baixar a cabeça para os diversos equívocos existentes na condução do processo que, injustamente, contrariando fatos e provas, culminou nesta injusta sentença de primeiro grau. Embora entristecido com essa situação, registro que estou absolutamente tranquilo. Minha consciência permanece íntegra e minha cabeça erguida”, diz Lauro Maia.

Além de garantir que provará a inocência “letra por letra”, Lauro Maia afirmou que todos que o conhecem sabem que ele nunca esteve ligado a nenhuma atividade irregular e também criticou diretamente a decisão de Mário Jambo. Para ele, não há elementos que apontem participação nos esquemas fraudulentos investigados pela Operação Hígia e que não havia argumentos para uma condenação. “Sou conhecedor do direito e posso dizer que a sentença foi absurda. O juiz foi extremamente político e, nas instâncias superiores, vou comprovar ipsis litteris minha inocência”, garantiu Lauro Maia.
Sobre a possibilidade de assumir uma vaga na Assembleia Legislativa após a condenação de Larissa Rosado, Lauro Maia disse que não acredita na saída da companheira de legenda e torce para que ela permaneça como deputada. O advogado disse que não está atento aos questionamentos eleitorais quanto ao mandato de Larissa Rosado e que o foco é a própria defesa na Justiça Federal.

“Acredito que a deputada Larissa Rosado vai continuar. Fui eleito para ser suplente e acredito vou permanecer suplente. Estou focado em minha defesa. Não sei se vou assumir e espero que ela permaneça no cargo. O que for decido mais à frente nós não sabemos e deixo isso para depois, mas reafirmo que espero que ela continue no cargo”, afirma Lauro Maia.

ÍNTEGRA DA NOTA

“Foi com muita indignação e profunda revolta que recebi a decisão proferida pelo Juízo da 2ª. Vara da Justiça Federal do Rio Grande do Norte.

Como cidadão brasileiro, por dever de formação e espirito democrático, respeito toda e qualquer decisão judicial, mas, no entanto, não posso aceitar calado ou baixar a cabeça para os diversos equívocos existentes na condução do processo que, injustamente, contrariando fatos e provas, culminou nesta injusta sentença de primeiro grau.

A grande verdade é que – após anos de investigação, absolutamente nada foi provado ou sequer demonstrado contra mim.
Embora entristecido com essa situação, registro que estou absolutamente tranquilo. Minha consciência permanece íntegra e minha cabeça erguida.

Os que me conhecem sabem que jamais ao longo de toda a minha vida, participei de qualquer esquema criminoso e isso será provado.

Tenho absoluta certeza de que nos recursos judiciais e com os olhos voltados exclusivamente pra as provas contidas no processo e na verdade real dos fatos, ainda que tarde, será feita a necessária Justiça.
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