Jogo de empurra: Garibaldi defende nome de Fernando Bezerra mas deixa decisão nas mãos de Henrique Alves

"Se pudesse lançar um candidato, eu sinceramente fazia um apelo aos correligionários e lançaria Fernando Bezerra"     

Garibaldi Filho: “Fernando Bezerra é nome bem cotado no cenário nacional”. Foto: Divulgação
Garibaldi Filho: “Fernando Bezerra é nome bem cotado no cenário nacional”. Foto: Divulgação
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, não tem dúvidas: o empresário Fernando Bezerra pode tirar o Estado dessa crise financeira e, por isso, pode ser o novo governador do Estado, sendo candidato o candidato do PMDB. A declaração, dada durante entrevista nesta semana, deixa nas mãos do presidente da sigla no RN, Henrique Eduardo Alves, a decisão sobre lançar ou não Bezerra para o Governo do Estado em 2014.
“A minha (preferência)? É (Fernando Bezerra), mas não decido sozinho. Se pudesse lançar um candidato, eu sinceramente fazia um apelo aos correligionários e lançaria o nome de Fernando Bezerra. Ele ainda disse que está estudante, pensando, examinando o quadro. Mas eu diria que ele é um nome viável do meu ponto de vista”, respondeu Garibaldi Filho quando questionado no programa Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, se a preferência dele para ser o candidato do PMDB no próximo ano era mesmo o empresário potiguar.
Fernando Bezerra seria o nome certo para resolver a crise financeira pela qual o Governo atravessa pela experiência que tem em administração. “Temos um nome, que é um nome bem cotado no plano nacional, porque já foi ministro, e é um nome para enfrentar as dificuldades do estado atravessa, onde o governante é um mero pagador da folha de pagamento, porque o Estado perdeu a capacidade de investimento”, justificou Garibaldi.
É bem verdade que, apesar da defesa do nome de Fernando Bezerra, a definição não cabe a Garibaldi, segundo o próprio, “porque o presidente do partido é Henrique”. Além disso, como o próprio ministro da Previdência ressaltou: Fernando Bezerra ainda não aceitou o convite oficialmente, até por não ter a confiança nem mesmo de todos os correligionários. “Eleitoralmente, há quem diga que tendo se afastado da política ele teria algumas dificuldades, mas eu acredito que (o PMDB) haveria de ter um nome de candidato forte com ele”, defendeu Garibaldi.
O afastamento político de Fernando Bezerra ocorreu em 2002, depois que ele foi candidato ao Governo do Estado e acabou sendo derrotado por Wilma de Faria, do PSB. Ela, por sinal, seria o principal “obstáculo” para a confirmação dele como candidato do PMDB: se ela apóia-lo, compondo a chapa com candidata ao Senado, ele vai para a disputa; se não for assim, o PMDB talvez tenha que pensar em outro nome nos seus quadros ou, até mesmo, desistir da candidatura própria.
Diante da possibilidade de não ser Fernando Bezerra o candidato, inclusive, Garibaldi Filho ressaltou que não será opção, contudo, deixou o nome de Henrique “em jogo”. “Acredito que ainda temos o nome de Henrique, apesar dele ter dito que tem o projeto de ser reeleito presidente da Câmara”, afirmou Garibaldi.
“O PMDB não pode decidir antes de março. Você sabe muito bem, divergimos na última eleição, mas eu creio que nos vamos convergir para a do próximo ano”, acrescentou Garibaldi Filho, ressaltando a situação vivida pelo partido em 2010, quando ele apoiou Rosalba Ciarlini e Henrique foi para a equipe de Iberê Ferreira, nome apoiado por Wilma de Faria e que acabou sendo derrotado.
 
Fonte: Jornal de Hoje
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