Previsão dos meteorologistas é de chuva normal no interior do estado, durante o primeiro trimestre de 2014, o pode representar um índice três vezes maior do que o que foi registrado este ano
Após uma longa estiagem no sertão potiguar, os meteorologistas esperam que chova no primeiro trimestre de 2014 três vezes mais que a quantidade precipitada durante o mesmo período desse ano. A previsão indica que no interior do estado – entre as mesorregiões do oeste, central e leste potiguar - deve chover normalmente no próximo ano, atingindo uma média de 450 milímetros. Em 2013, a média nos três primeiros meses foi de 145 milímetros.
A previsão foi formulada após a 1ª Reunião de Órgãos Meteorológicos do Nordeste, realizada em Campina Grande, reunindo meteorologistas de estados como Pernambuco, Ceará e Rio de Grande do Norte nos últimos dias 19 e 20 de dezembro.
Segundo Gilmar Bristot, meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), as chuvas esperadas são importantes para os cidadãos do interior. “Esta quantidade de chuvas tem um valor considerável, principalmente no semiárido nordestino, que passou esse ano pela seca”, avalia. Gilmar foi um dos participantes da reunião e disse que a previsão feita não é conclusiva, mas representa a experiência de profissionais de todo o país.
“Houve discussões e comparações com dados referentes a 2012, e esperamos que 2014 seja um ano dentro da normalidade, o que significa quantidades consideráveis de chuvas”, alegou Gilmar.
Apesar da previsão não ser conclusiva, Gilmar disse que existem dois indícios que se relacionam e confirmam a tendência de chuvas para o próximo ano. O primeiro deles, apontou o meteorologista, é o rebaixamento da temperatura do oceano Atlântico no hemisfério norte. “Diferente do comportamento dos últimos dois anos, a temperatura do oceano está melhorando. Fator favorável à incidência de chuvas”, contou.
Outro fator que pode contribuir para as chuvas ao longo do ano é a velocidade do vento em dezembro. Segundo Gilmar, os dois últimos anos foram de ventos fracos, o que impedia a vinda da Zona de Convergência Intertropical, efeito natural responsável pela precipitação nos três primeiros meses do ano na região nordeste. O meteorologista disse que os ventos estão mais fortes neste mês.
Fonte: Novo Jornal