Para Betania Ramalho, a falta de justificativas concretas para a greve levanta sérios questionamentos sobre a atuação política do sindicato.
Mesmo com todos os benefícios garantidos à
categoria nos últimos três anos, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do
Rio Grande do Norte – SINTE/RN, tenta emplacar nova paralisação. A decisão se
deu uma semana depois que a governadora Rosalba Ciarlini anunciou o reajuste de
8,32% para ativos e inativos, a concessão de uma letra a todos os professores e
especialistas da rede estadual (promoção horizontal), a alteração do porte das
escolas, que dobra a gratificação dos diretores e vice-diretores, e formalizou
a Comissão de Revisão do Plano de Cargos e Carreiras do Magistério.
Para a secretária de Estado da Educação,
professora Betania Ramalho, a falta de justificativas concretas para a greve
levanta sérios questionamentos sobre a atuação política do sindicato que, em
ano eleitoral, busca atingir o governo por meio de uma secretaria que não tem
medido esforços para corrigir o rumo da Educação. “Com as vantagens garantidas
pela governadora, estamos zerando uma pauta que há muito tempo não era
cumprida. Deixo claro que não fazemos isso em função do sindicato. Esse é o
nosso compromisso direto com os professores", disse a secretária.
Ao todo, desde 2011, foi concedido aumento
acumulado de 91,53%. Na prática, um professor em início de carreira receberá R$
1.780 contra R$ 930 antes da gestão da Governadora. “Enquanto isso, vários
estados e municípios não cumprem o piso, muito menos o terço da jornada de
trabalho para planejamento, que conseguimos implantar em 2013. Estamos
trabalhando para avançar ainda mais, no entanto, é preciso reconhecer o que já
foi feito. Basta comparar o reajuste de 91,5% em três anos contra os 7%
concedido no governo anterior”, reforçou Betania Ramalho.
A titular da pasta também comentou que o
novo piso dos professores deixa o Rio Grande do Norte na posição de um dos
únicos do país a cumprir plenamente o estabelecido pelo Ministério da Educação.
Isso permite que os professores reordenados tenham uma carga de trabalho
destinada também a atividades fora de sala de aula para atendimentos aos alunos
e planejamento de atividades. “Além disso, liberamos quinquênios e pecuniárias
retidas desde 2002, além de outras ações positivas, como a concessão de três
mil aposentadorias”, ressaltou a secretária
Por fim, a secretária fez um apelo aos
professores que conhecem a verdadeira realidade da Educação no Rio Grande do
Norte. “Peço aos professores que permaneçam nas salas de aula, cumprindo seus
horários. Quem acompanha as nossas ações sabe que estamos trabalhando com
planejamento e colocando em prática uma política estruturante para a Educação
do Estado. Estamos buscando corrigir a rota da má gestão deixada pelos governos
anteriores e seus nove secretários em oito anos. O aluno não pode ser
penalizado com mais uma greve política”, concluiu Betania Ramalho.
Fonte: Nominuto