Deputada Lídice da Mata |
Relatora da CPI mista das Fake News, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) vê as digitais do presidente Jair Bolsonaro na disseminação de ataques e notícias falsas contra adversários políticos nas redes sociais. Para a deputada, Bolsonaro “pula de galho em galho” em busca de um novo inimigo para manter a “adrenalina” de seu “grupo de cachorros loucos”. “É assim que funciona o processo de construção de fake news no Brasil”, disse Lídice ao Congresso em Foco.
Nas últimas semanas, os ataques foram dirigidos ao então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O político do DEM foi perseguido nas redes por bolsonaristas após entrar em rota de colisão com o presidente da República devido à estratégia de combate à epidemia de covid-19.
Na quinta-feira (16), dia em que demitiu Mandetta, Bolsonaro acusou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de conspirar contra ele. A hashtag #ForaMaia foi um dos assuntos mais comentados do Twitter nessa sexta. Neste sábado a mesma hashtag foi direcionada contra o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Segundo Lídice da Mata, a campanha de ódio de bolsonaristas está voltando com força depois de o presidente ter se isolado politicamente e perdido apoio popular pela forma com que conduziu a atual crise.
“Viram que estavam perdendo espaço na opinião pública pela desaprovação às posições do presidente. Eles atacam todos aqueles que pensam diferente. Foi assim com Mandetta e os governadores e é assim agora contra Maia e Davi Alcolumbre, o Congresso. A fala do presidente é sempre uma senha”, disse a relatora da CPI das Fake News. “Depois são impulsionadas pelos filhos dele e por alguns de seus principais expoentes parlamentares. Dessa forma são disseminadas”, explica.
Para a deputada, Bolsonaro alimenta o chamado “gabinete do ódio”, estrutura denunciada por ex-apoiadores do presidente montada no Palácio do Planalto por assessores ligados à família para atacar adversários e aliados considerados incômodos, inclusive ministros. “É uma estratégia pensada, ensaiada. É assim que se propagam as fake news e a campanha de ódio. Infelizmente essas pessoas são tão perversas nos seus ideários que buscam fragilizar as convicções das demais. Elas não têm nenhum amor ao próximo, ao povo, nenhuma empatia. Só pensam em seus objetivos mesquinhos de poder”, critica.
Lídice da Mata considera que Bolsonaro se apoia na mesma estratégia que adotava quando era deputado e que o fez crescer eleitoralmente: o discurso de constante ataque ao sistema político. “Chegamos a um período em que esse tipo de ataque virou moda e está se aprofundando”, observa a parlamentar, que foi senadora e prefeita de Salvador.
“O gabinete do ódio, o presidente da República e seus filhos estão diretamente envolvidos nessa ação. Basta ver a campanha contra Mandetta, que partiu diretamente do presidente e de seus filhos, que se engajaram totalmente. No caso do filho deputado [Eduardo Bolsonaro], seria mais corajoso se ele fizesse isso dentro da Câmara. Mas o faz de forma covarde, nas redes sociais”, afirma.
Segundo a relatora da CPI das Fake News, os integrantes do chamado gabinete do ódio devem ser mais que ouvidos pela comissão mista assim que os trabalhos forem retomados.
“Devem ser investigados. O general Santos Cruz [ex-ministro da Secretaria de Governo], quando prestou depoimento à CPI, falou de seu estranhamento com o poder de alguns assessores sem histórico técnico para assessorar um presidente. Ele sabia que essas pessoas tinham muita influência sobre o presidente. O filho dele [Carlos Bolsonaro] está mais dentro do Planalto do que na Câmara do Rio”, ressalta a deputada.
Assim como as demais comissões, a CPI das Fake News não funciona desde que o Congresso adotou as sessões remotas como medida de prevenção à covid-19. Câmara e Senado não têm estrutura para manter em ação, ao mesmo tempo, dezenas de colegiados. As discussões no Parlamento estão restritas por enquanto aos plenários das duas Casas. Apenas a comissão externa do coronavírus, que dialoga com o Ministério da Saúde e os estados, este em atividade.
O presidente da CPI das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA), pediu a Davi Alcolumbre que suspenda o prazo de validade da comissão durante o período de inatividade. Inicialmente as investigações estão previstas para acabar em outubro, depois de terem sido prorrogadas por 180 dias. A expectativa, no entanto, é que os trabalhos avancem ao menos até o fim do ano, a depender da data de volta das reuniões.
Nas últimas semanas, os ataques foram dirigidos ao então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O político do DEM foi perseguido nas redes por bolsonaristas após entrar em rota de colisão com o presidente da República devido à estratégia de combate à epidemia de covid-19.
Na quinta-feira (16), dia em que demitiu Mandetta, Bolsonaro acusou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de conspirar contra ele. A hashtag #ForaMaia foi um dos assuntos mais comentados do Twitter nessa sexta. Neste sábado a mesma hashtag foi direcionada contra o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Segundo Lídice da Mata, a campanha de ódio de bolsonaristas está voltando com força depois de o presidente ter se isolado politicamente e perdido apoio popular pela forma com que conduziu a atual crise.
“Viram que estavam perdendo espaço na opinião pública pela desaprovação às posições do presidente. Eles atacam todos aqueles que pensam diferente. Foi assim com Mandetta e os governadores e é assim agora contra Maia e Davi Alcolumbre, o Congresso. A fala do presidente é sempre uma senha”, disse a relatora da CPI das Fake News. “Depois são impulsionadas pelos filhos dele e por alguns de seus principais expoentes parlamentares. Dessa forma são disseminadas”, explica.
Para a deputada, Bolsonaro alimenta o chamado “gabinete do ódio”, estrutura denunciada por ex-apoiadores do presidente montada no Palácio do Planalto por assessores ligados à família para atacar adversários e aliados considerados incômodos, inclusive ministros. “É uma estratégia pensada, ensaiada. É assim que se propagam as fake news e a campanha de ódio. Infelizmente essas pessoas são tão perversas nos seus ideários que buscam fragilizar as convicções das demais. Elas não têm nenhum amor ao próximo, ao povo, nenhuma empatia. Só pensam em seus objetivos mesquinhos de poder”, critica.
Lídice da Mata considera que Bolsonaro se apoia na mesma estratégia que adotava quando era deputado e que o fez crescer eleitoralmente: o discurso de constante ataque ao sistema político. “Chegamos a um período em que esse tipo de ataque virou moda e está se aprofundando”, observa a parlamentar, que foi senadora e prefeita de Salvador.
“O gabinete do ódio, o presidente da República e seus filhos estão diretamente envolvidos nessa ação. Basta ver a campanha contra Mandetta, que partiu diretamente do presidente e de seus filhos, que se engajaram totalmente. No caso do filho deputado [Eduardo Bolsonaro], seria mais corajoso se ele fizesse isso dentro da Câmara. Mas o faz de forma covarde, nas redes sociais”, afirma.
Segundo a relatora da CPI das Fake News, os integrantes do chamado gabinete do ódio devem ser mais que ouvidos pela comissão mista assim que os trabalhos forem retomados.
“Devem ser investigados. O general Santos Cruz [ex-ministro da Secretaria de Governo], quando prestou depoimento à CPI, falou de seu estranhamento com o poder de alguns assessores sem histórico técnico para assessorar um presidente. Ele sabia que essas pessoas tinham muita influência sobre o presidente. O filho dele [Carlos Bolsonaro] está mais dentro do Planalto do que na Câmara do Rio”, ressalta a deputada.
Assim como as demais comissões, a CPI das Fake News não funciona desde que o Congresso adotou as sessões remotas como medida de prevenção à covid-19. Câmara e Senado não têm estrutura para manter em ação, ao mesmo tempo, dezenas de colegiados. As discussões no Parlamento estão restritas por enquanto aos plenários das duas Casas. Apenas a comissão externa do coronavírus, que dialoga com o Ministério da Saúde e os estados, este em atividade.
O presidente da CPI das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA), pediu a Davi Alcolumbre que suspenda o prazo de validade da comissão durante o período de inatividade. Inicialmente as investigações estão previstas para acabar em outubro, depois de terem sido prorrogadas por 180 dias. A expectativa, no entanto, é que os trabalhos avancem ao menos até o fim do ano, a depender da data de volta das reuniões.
0 Comments:
Postar um comentário