O presidente Jair Bolsonaro se juntou a apoiadores da intervenção militar e do fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal em frente ao Quartel General do Exército, neste domingo (19), em Brasília. Em discurso de 2 minutos, transmitido ao vivo por suas redes sociais, o presidente disse que não está disposto a ceder e que os políticos têm de entender que são submissos à vontade do povo. “Não queremos negociar nada”, discursou o presidente do alto de uma caminhonete branca para uma plateia que o aplaudia a cada frase de efeito (veja o vídeo acima).
“Estou aqui porque acredito em vocês”, iniciou o presidente, começando a se desequilibrar no veículo. “Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil”, emendou.
Apesar de a intervenção militar e o fechamento do Congresso serem causas antidemocráticas, Bolsonaro disse que se juntava os manifestantes para garantir a democracia. “Vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês. Contem com o seu presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para que possamos manter nossa democracia e garantir aquilo que há de mais sagrado para nós, que é a nossa liberdade”.
A participação de Bolsonaro foi repudiada por parlamentares e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, entre outras autoridades. “Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve. Ditaduras vêm com violência contra os adversários, censura e intolerância. Pessoas de bem e que amam o Brasil não desejam isso”, reagiu Barroso no Twitter.
O líder da oposição na Câmara, André Figueiredo (PDT-CE), disse ao Congresso em Foco que, embora queira, Bolsonaro não tem apoio das Forças Armadas para tentar dar um golpe de Estado.
Na avaliação dele, o presidente insufla o ódio contra o Congresso para tentar forçar os parlamentares a levar adiante um pedido de impeachment contra ele, que, no momento, não teria condições de prosperar em meio à crise provocada pela covid-19. Com grandes chances de sair vitorioso, Bolsonaro poderia sair fortalecido dessa disputa política, entende o deputado.
“Isso é muito grave. Mas precisamos fazer uma análise dos atos dele com cautela. Está beirando momento em que não poderemos mais tolerar isso. A maioria das pessoas que participa desses atos é inculta em relação ao que foi essa página negra da nossa história”, afirmou.
Para o líder da oposição, levantar a bandeira do impeachment de Bolsonaro no momento em que o país enfrenta uma epidemia seria um erro estratégico.
“Não podemos cair no jogo dele. Ele está querendo isso, cada vez mais insuflar o ódio. Temos de concentrar os esforços agora no combate à covid-19. Mas não vamos esquecer as coisas que ele tem feito. E vamos discutir esse assunto [impeachment] no momento oportuno”, disse André Figueiredo. “Agora, qualquer pedido de impeachment interessa mais a ele do que a nós”, acrescentou o oposicionista.
André ressalta que, apesar do apelo de bolsonaristas, não há qualquer disposição das Forças Armadas para uma eventual intervenção. “As Forças Armadas representam uma instituição que merece nosso respeito. Não vão reverberar por parte das Forças Armadas nada que seja do querer desse séquito pequeno que afronta a democracia. O mais revoltante é o presidente da República participar de manifestações antidemocráticas. Esse é um jogo que ele está querendo jogar: ele aposta na ruptura democrática.”
Assim como ontem, várias cidades registraram manifestações neste domingo pela reabertura do comércio. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foram os principais alvos da manifestação. A concentração de pessoas contraria as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, que veem nas aglomerações grande risco de disseminação da covid-19.
Na Esplanada dos Ministérios, do alto do carro de som, um locutor chegou a pregar “morte a Maia e a Alcolumbre”. Parte do grupo se concentrou no Museu Nacional da República, no Eixo Monumental, e desceu em direção à Praça dos Três Poderes. Pessoas sem máscaras mostravam a bandeira do Brasil, buzinavam e pediam a saída dos presidentes da Câmara e do Senado. Maia foi acusado por Bolsonaro, na última quinta, de conspirar contra ele e de tentar tirá-lo da Presidência.
Houve princípio de confusão quando a Polícia Militar tentou impedir a passagem da carreata em frente ao Congresso Nacional. Os carros foram liberados, mas os carros de som, não. Também houve concentração de veículos em frente ao Quartel General do Exército, onde manifestantes também pediram “intervenção já com Bolsonaro no poder”. O Exército comemora neste domingo seu dia.
“Estou aqui porque acredito em vocês”, iniciou o presidente, começando a se desequilibrar no veículo. “Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil”, emendou.
Apesar de a intervenção militar e o fechamento do Congresso serem causas antidemocráticas, Bolsonaro disse que se juntava os manifestantes para garantir a democracia. “Vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês. Contem com o seu presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para que possamos manter nossa democracia e garantir aquilo que há de mais sagrado para nós, que é a nossa liberdade”.
A participação de Bolsonaro foi repudiada por parlamentares e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, entre outras autoridades. “Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve. Ditaduras vêm com violência contra os adversários, censura e intolerância. Pessoas de bem e que amam o Brasil não desejam isso”, reagiu Barroso no Twitter.
O líder da oposição na Câmara, André Figueiredo (PDT-CE), disse ao Congresso em Foco que, embora queira, Bolsonaro não tem apoio das Forças Armadas para tentar dar um golpe de Estado.
Na avaliação dele, o presidente insufla o ódio contra o Congresso para tentar forçar os parlamentares a levar adiante um pedido de impeachment contra ele, que, no momento, não teria condições de prosperar em meio à crise provocada pela covid-19. Com grandes chances de sair vitorioso, Bolsonaro poderia sair fortalecido dessa disputa política, entende o deputado.
“Isso é muito grave. Mas precisamos fazer uma análise dos atos dele com cautela. Está beirando momento em que não poderemos mais tolerar isso. A maioria das pessoas que participa desses atos é inculta em relação ao que foi essa página negra da nossa história”, afirmou.
Para o líder da oposição, levantar a bandeira do impeachment de Bolsonaro no momento em que o país enfrenta uma epidemia seria um erro estratégico.
“Não podemos cair no jogo dele. Ele está querendo isso, cada vez mais insuflar o ódio. Temos de concentrar os esforços agora no combate à covid-19. Mas não vamos esquecer as coisas que ele tem feito. E vamos discutir esse assunto [impeachment] no momento oportuno”, disse André Figueiredo. “Agora, qualquer pedido de impeachment interessa mais a ele do que a nós”, acrescentou o oposicionista.
André ressalta que, apesar do apelo de bolsonaristas, não há qualquer disposição das Forças Armadas para uma eventual intervenção. “As Forças Armadas representam uma instituição que merece nosso respeito. Não vão reverberar por parte das Forças Armadas nada que seja do querer desse séquito pequeno que afronta a democracia. O mais revoltante é o presidente da República participar de manifestações antidemocráticas. Esse é um jogo que ele está querendo jogar: ele aposta na ruptura democrática.”
Assim como ontem, várias cidades registraram manifestações neste domingo pela reabertura do comércio. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foram os principais alvos da manifestação. A concentração de pessoas contraria as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, que veem nas aglomerações grande risco de disseminação da covid-19.
Na Esplanada dos Ministérios, do alto do carro de som, um locutor chegou a pregar “morte a Maia e a Alcolumbre”. Parte do grupo se concentrou no Museu Nacional da República, no Eixo Monumental, e desceu em direção à Praça dos Três Poderes. Pessoas sem máscaras mostravam a bandeira do Brasil, buzinavam e pediam a saída dos presidentes da Câmara e do Senado. Maia foi acusado por Bolsonaro, na última quinta, de conspirar contra ele e de tentar tirá-lo da Presidência.
Houve princípio de confusão quando a Polícia Militar tentou impedir a passagem da carreata em frente ao Congresso Nacional. Os carros foram liberados, mas os carros de som, não. Também houve concentração de veículos em frente ao Quartel General do Exército, onde manifestantes também pediram “intervenção já com Bolsonaro no poder”. O Exército comemora neste domingo seu dia.
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