Filhote da Ditatura Militar de 1964 , José Agripino faz avaliação irresponsável sobre risco à democracia


Agripino confia no Congresso para impedir avanços autoritários de Bolsonaro (Foto: Arthur Nascimento / 98 FM)

AGRIPINO FOI PREFEITO NOMEADO DE NATAL PELA DITADURA.

O ex-senador José Agripino, presidente estadual do União Brasil, deu uma entrevista a 98 FM no mínimo irresponsável quanto aos riscos de um segundo mandato de Jair Bolsonaro (PL) para a democracia brasileira.

Para o ex-senador, Bolsonaro mesmo tendo impulsos autoritários não fará nada porque o Congresso Nacional não deixará.

Abre aspas para Agripino:

“O presidente Bolsonaro é um homem de temperamento intempestivo, impulsivo? Claro que é. Ele é autônomo, tem condições de fazer o que ele quer? Tem coisa nenhuma. O Brasil hoje é um país em que quem tem o comando é o Congresso Nacional. Vocês já viram Bolsonaro brigar com o Supremo? 10 vezes. Já viram o Supremo brigar com o Congresso? Nenhuma vez. Porque é o Congresso que faz as leis e quem policia o comando do país. Já viram Bolsonaro brigar com o Congresso? Se respeitam”, disse ao programa 12 em Ponto.

Agripino olha para o abismo e não se incomoda que o olhar lhe seja retribuído desde que o ex-presidente Lula (PT) volte ao poder.

A fala é irresponsável porque Agripino sabe muito bem que Bolsonaro está desmantelando a estrutura institucional do país aprovando projetos inconstitucionais com objetivos eleitoreiros sem quem o judiciário e o legislativo sirvam de barreiras sem contar que ele teria apoio suficiente para mexer na composição do Supremo Tribunal Federal (STF) seguindo o roteiro de autocratas como Hugo Chávez na Venezuela e Viktor Órban na Hungria.

O Congresso Nacional está sob o controle de Bolsonaro através do orçamento secreto e outros desmantelos.

Agripino não é lá um exemplo de apreço ao regime democrático. É cria da ditadura militar que lhe abriu as portas para entrar na política em 1979 como prefeito biônico de Natal.

Pensava que a vida em ambiente democrático e os desmandos do bolsonarismo teriam lhe dado algumas lições. Estava enganado. O ex-senador segue sendo um saudosista dos anos de chumbo.

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