Foto: Pablo Valadares/Câmara dos DeputadosA Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18/10), um requerimento de urgência para votação de projeto de lei que prevê sanções aos institutos de pesquisa que divulgarem dados com números divergentes, acima da margem de erro, dos resultados oficiais das eleições. O requerimento recebeu 295 votos favoráveis e 120 contrários. Apenas um deputado se absteve da votação.
Agora, a proposta pode ser votada em plenário de imediato, pulando etapas de tramitação em comissões temáticas da Casa. Ainda não há uma definição sobre qual será o texto votado pelos deputados.
Nesta tarde, coube ao deputado Paulo Eduardo Martins (PL-PR), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), defender a aprovação da urgência. Na oportunidade, o governista assegurou que discutirá com lideranças a construção de um “texto razoável”.
“Um texto que haja acordo para que a gente venha a estabelecer uma regra razoável, que não seja restritiva e que não afronte, não assuste ninguém para que este tipo de situação não volte a ocorrer”, disse, afirmando ser um “compromisso” da relatoria com os demais parlamentares.
“Não haverá açodamento”
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), endossou a fala do relator. Segundo o governista, mesmo com a aprovação da manobra legislativa, “não haverá açodamento” na tramitação do projeto. “Estamos votando o requerimento do projeto mais antigo, do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR). Nada tem a ver com o mérito do que vai ser discutido”, disse.
“Nós fizemos um compromisso com líderes da base e da oposição, que vamos tentar dialogar sobre o texto de mérito deste projeto. Depois do texto resolvido, ele vem ao plenário quando tiver com o mínimo de acordado possível. Terei uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar deste assunto. Não haverá açodamento com relação à disposição de trazer esse assunto, mas será tratado com a urgência que ele requer”, prosseguiu.
O projeto citado por Lira, de autoria do deputado Rubens Bueno, busca ampliar o valor e incidência de multas ao institutos de pesquisa com resultados discrepantes das urnas, além de alterar o conceito de “pesquisa fraudulenta”.
Lira também descartou uma eventual punição aos institutos. “Não existe a possibilidade de ter um texto que trata de punição de pesquisa, não podemos é não ter um posicionamento para que essa Casa não discuta um regramento dessas pesquisas”, sustentou.
Metrópoles
DESTE BLOG: Por isso, o Centrão quer aprovar publicação de Pesquisas no apagar das Luzes, pois sabem que Lula está à frente do Louco.
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