GREVE DA UERN: DOCENTES REJEITAM PROPOSTA E APRESENTAM CONTRA-PROPOSTA

            

                                                                                                                                                                                   A categoria docente da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte reuniu-se ontem pela manhã em
Assembleia Geral Extraordinária para avaliar a proposta de reposição salarial apresentada pelo Governo do Estado e decidir os rumos do movimento paredista que já dura 78 dias.

Logo no início da assembléia o documento enviado pelo secretário estadual da Administração e dos Recursos Humanos, Anselmo Carvalho, propondo o escalonamento do reajuste em três parcelas: 10,65% para abril de 2012 (7,43% com acréscimo de 3% referente a 2011); 7,43% para abril de 2013; e 7,43% para abril de 2014, foi rejeitada logo de cara pela categoria. "Apesar dos avanços, a proposta ainda fica distante do reivindicado pela categoria. Mesmo estando muito aquém do que esperávamos, por isso ela foi submetida para apreciação dos professores na assembleia. Ocorreu como prevíamos. A categoria reconhece a abertura de diálogo do governo, mas entende que a proposta configura perdas salariais para nós. Imagine que estamos pedindo 23,98% retroativo a abril deste ano e o governo nos propõe chegar a esse reajuste somente em 2014", discorda o presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Aduern, Flaubert Torquato.

De acordo com Flaubert a grande resistência da categoria em aceitar a proposta, é o escalonamento que é considerado muito longo. Além disso, não está havendo o descontingenciamento prometido. De acordo com a administração da Uern os recursos retidos não estão sendo liberados conforme o combinado. "O que acaba comprometendo toda parte financeira da universidade", explica o presidente.

Uma segunda contra proposta foi votada propondo ao governo do estado que em cima dos reajustes oferecidos pelo governo sejam incorporados aos percentuais a variação inflacionária de cada período. "Essa nova contra-proposta demonstra a real intenção da categoria de negociar com o governo. O que também não podemos admitir são perdas para esses servidores, que esperam bom censo por parte do governo e aceite essa proposta que é boa para todo mundo", resumiu Flaubert.

Outro detalhe do documento pede que o governo do estado demonstre clareza nos prazos e valores sobre o descontingenciamento dos recursos da universidade que não vem ocorrendo. "Essa é uma grande preocupação da categoria e um dos pontos considerados de suma importância para todos nós que fazemos a Uern", revela.

O documento já está sendo elaborado e será entregue ainda hoje - caso a governadora compareça - durante a abertura da Feira Industrial e Comercial da Região Oeste, Ficro.

"Já temos informações que a governadora Rosalba Ciarlini estará presente na abertura da Ficro. Estaremos com o documento em mãos para entregá-la. Como sentimos que há uma abertura de diálogo do governo com o objetivo de por fim a greve, esperamos que ela de pronta aceite a proposta e coloque um ponto final nesse processo tão desgastante, que tem se tornado a greve", ressalta o presidente da Aduern.



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