Ele diz a Temer que governo só pode dar certo com apoio tucano
Michel Temer marcou a visita a Renan, que pediu a Aécio para aparecer no mesmo horário. (Foto: Dida Sampaio/AE)
O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta quarta (27) ao vice Michel Temer que sem o apoio e participação do PSDB o seu eventual governo pode não dar certo.
Calheiros fez essa avaliação na conversa reservada com Temer e a reiterou à chegada do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido.
Temer visitou Renan na residência oficial, em um encontro marcado para as 11h30 e o senador tucano chegaria meia hora depois, a pedido do anfitrião, para também participar do encontro.
Aécio saiu do encontro sem entender direito por que Renan fez tanta questão da sua presença, mas admitiu que seu partido poderá apoiar o novo governo. No entanto, o presidente tucano afirmou que o partido não pretende fazer indicação para cargos, mas não se oporá a quaisquer convites para para que quadros do partido participem da administração.
O encontro entre os três ocorreu na residência oficial do Senado e durou cerca de 20 minutos. Apesar do pouco tempo, uma reunião prévia entre o vice e o tucano ocorreu antes das tratativas com Renan. "Foi uma visita de cortesia reiterando a sua intenção de ampliar as conversas com o PSDB e fazê-las como deve ser feita, institucionalmente", disse o tucano.
"Disse a ele de forma muito clara que temos compromisso com o Brasil... Também conversamos sobre a tramitação do processo de impeachment, e ele ficou, a meu ver, feliz com a indicação e aprovação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo na comissão especial", emendou o tucano.
Segundo ele, Renan voltou a afirmar que a votação do processo de impeachment na comissão especial ocorrerá entre os dias 10 e 12 de maio. Caso seja aprovada a admissibilidade do processo, Dilma é afastada do mandato pelo prazo de até 180 dias. Questionado sobre a participação no futuro governo Temer, Aécio ressaltou que, pessoalmente, preferiria dar apoio apenas dentro Congresso.
"Não condicionaremos em nenhum momento o apoio a essa agenda emergência para o Brasil à participação no governo. Eu preferiria e me sentiria mais confortável se esse apoio fosse congressual. Se nós pudéssemos dar um apoio efetivo a uma agenda de reforma que esse governo do PT não fez, sem a necessidade de participar do governo. Nós daríamos o exemplo, uma sinalização clara de que o presidente Michel deve montar um governo acima da lógica de distribuir ministérios para partidos políticos ou para grupos de poder dentro do Congresso Nacional", afirmou.
Com a possibilidade de Temer assumir a presidência da República, o PMDB deve acumular também o comando do Senado e da Câmara. Esse cenário tem sido alvo de críticas de integrantes da oposição e de partidos que devem compor a nova coalização num futuro governo. Segundo Aécio, a discussão sobre a sucessão das duas Casas, prevista para ocorrer no início do próximo ano, não tem, contudo, sido realizada neste momento.
"Não conversamos em nenhum momento sobre eleições internas na Câmara e no Senado que seguem uma lógica própria do conjunto de força. Essa negociação não deve ser externa ao Congresso", defendeu.
Michel Temer marcou a visita a Renan, que pediu a Aécio para aparecer no mesmo horário. (Foto: Dida Sampaio/AE)
O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta quarta (27) ao vice Michel Temer que sem o apoio e participação do PSDB o seu eventual governo pode não dar certo.
Calheiros fez essa avaliação na conversa reservada com Temer e a reiterou à chegada do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido.
Temer visitou Renan na residência oficial, em um encontro marcado para as 11h30 e o senador tucano chegaria meia hora depois, a pedido do anfitrião, para também participar do encontro.
Aécio saiu do encontro sem entender direito por que Renan fez tanta questão da sua presença, mas admitiu que seu partido poderá apoiar o novo governo. No entanto, o presidente tucano afirmou que o partido não pretende fazer indicação para cargos, mas não se oporá a quaisquer convites para para que quadros do partido participem da administração.
O encontro entre os três ocorreu na residência oficial do Senado e durou cerca de 20 minutos. Apesar do pouco tempo, uma reunião prévia entre o vice e o tucano ocorreu antes das tratativas com Renan. "Foi uma visita de cortesia reiterando a sua intenção de ampliar as conversas com o PSDB e fazê-las como deve ser feita, institucionalmente", disse o tucano.
"Disse a ele de forma muito clara que temos compromisso com o Brasil... Também conversamos sobre a tramitação do processo de impeachment, e ele ficou, a meu ver, feliz com a indicação e aprovação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo na comissão especial", emendou o tucano.
Segundo ele, Renan voltou a afirmar que a votação do processo de impeachment na comissão especial ocorrerá entre os dias 10 e 12 de maio. Caso seja aprovada a admissibilidade do processo, Dilma é afastada do mandato pelo prazo de até 180 dias. Questionado sobre a participação no futuro governo Temer, Aécio ressaltou que, pessoalmente, preferiria dar apoio apenas dentro Congresso.
"Não condicionaremos em nenhum momento o apoio a essa agenda emergência para o Brasil à participação no governo. Eu preferiria e me sentiria mais confortável se esse apoio fosse congressual. Se nós pudéssemos dar um apoio efetivo a uma agenda de reforma que esse governo do PT não fez, sem a necessidade de participar do governo. Nós daríamos o exemplo, uma sinalização clara de que o presidente Michel deve montar um governo acima da lógica de distribuir ministérios para partidos políticos ou para grupos de poder dentro do Congresso Nacional", afirmou.
Com a possibilidade de Temer assumir a presidência da República, o PMDB deve acumular também o comando do Senado e da Câmara. Esse cenário tem sido alvo de críticas de integrantes da oposição e de partidos que devem compor a nova coalização num futuro governo. Segundo Aécio, a discussão sobre a sucessão das duas Casas, prevista para ocorrer no início do próximo ano, não tem, contudo, sido realizada neste momento.
"Não conversamos em nenhum momento sobre eleições internas na Câmara e no Senado que seguem uma lógica própria do conjunto de força. Essa negociação não deve ser externa ao Congresso", defendeu.
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