Senador Suplicy (PT/SP) |
O
senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu nesta segunda-feira (28) para
Renan Calheiros (PMDB-AL) desistir da candidatura à presidência do
Senado. Em nota enviada ao peemedebista e aos colegas de Casa, Suplicy
sugeriu que o candidato do partido fosse Pedro Simon (PMDB-RS), o único
“capaz de obter o consenso entusiástico e praticamente unânime de todos
os demais 80 senadores”.
De acordo com a nota emitida por Suplicy, é preciso haver um tempo
até todas as denúncias contra Renan serem esclarecidas. No sábado, o Congresso em Foco
mostrou que o procurador Geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o
peemedebista no caso das notas dos “bois de Alagoas”, derivado das
suspeitas de ter despesas particulares pagas por um lobista de
empreiteira após o parlamentar ter um filho com a jornalista Mônica
Veloso.
Já a revista Época informou detalhes da Operação Navalha que
implicam Renan. De acordo com a semanal, homens de confiança do
peemedebista são acusados de receber propina e traficar influência em
favor de um empreiteiro. “Nós senadores teremos que aguardar um tempo
até que haja o esclarecimento sobre todos os episódios apontados, por
exemplo, na reportagem da Revista Época que, se tiverem fundamento, constituem problemas sérios para quem hoje se candidata à Presidência do Senado”, disse Suplicy.
Para o petista, somente a candidatura de Simon seria capaz de unir o
Senado. E faria, inclusive, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP),
único nome declarado até o momento, deixar a corrida pela cadeira mais
importante da Casa. Na sua nota, ele citou que o peemedebista gaúcho foi
escolhido diversas vezes como um dos melhores senadores do país pelo Congresso em Foco.
Ele, no entanto, reiterou que, caso Renan seja confirmado como
candidato, vai cumprir o acordo feito com o PT e votar no escolhido pelo
PMDB.
Em 2009, Suplicy subiu à tribuna do Senado e deu um cartão vermelho
ao senador José Sarney (PMDB-AP). Na época, ele queria que o
peemedebista, envolto em denúncias, pedisse afastamento da presidência
do Senado, o que acabou não ocorrendo. Em 2010, Sarney foi reeleito
senador e escolhido mais uma vez para ocupar o cargo.
Fonte: Uol