Perto de Barbosa, vice da Câmara faz gesto que marcou prisão de petistas

Na presença do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), repetiu nesta segunda-feira (3) o gesto que marcou a prisão dos petistas condenados no julgamento do mensalão.
Por mais de duas vezes, Vargas ergueu o punho cerrado. Um dos momentos foi quando Barbosa se retirou da cerimônia de reabertura dos trabalhos do Congresso para ir ao banheiro.
Ao se entregarem à Polícia Federal para cumprirem a prisão, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) ergueram o punho. O gesto foi inclusive reproduzido por petistas nas redes sociais.



Joaquim Barbosa passa pelo deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados
Joaquim Barbosa passa pelo deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados
Vargas é um dos principais críticos do julgamento do mensalão. No ano passado, ele inclusive atuou na manobra que tentou evitar a abertura de um processo de cassação de Genoino pela prisão do mensalão, que acabou levando a sua renúncia.
Vargas reiteradamente sustenta a tese do PT de que não houve compra de apoio político no Congresso nos primeiros anos do governo Lula, mas apenas crime eleitoral, com caixa dois.
O vice da Câmara admitiu a provocação a Barbosa. "Muitos cumprimentam com positivo, sinal de vitória. No PT, é tradicional cumprimentar com L do Lula e a gente tem se cumprimentado assim [punho erguido]. Foi o símbolo de reação dos nossos companheiros que foram injustamente condenados. O ministro está na nossa Casa. Na verdade, ele é um visitante, tem nosso respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve", disse.
Sentado ao lado de Barbosa, Vargas disse que não "teve o prazer" de conversa com ele. O petista disse ainda que durante os discursos o presidente do STF ficou entretido mexendo com o celular.



José Dirceu e José Genoino, quando se apresentaram à superintendência da Polícia Federal
José Dirceu e José Genoino, quando se apresentaram à superintendência da Polícia Federal
PRISÃO
Condenado no julgamento do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) ainda não foi visto no plenário da Câmara, onde ocorre a cerimônia. No início da tarde, ele almoçou com militantes que estão acampados em frente ao prédio do Supremo.
Barbosa disse que o mandado de prisão do petista não será expedido nesta segunda-feira. O processo dele foi encerrado no dia 6 de setembro. João Paulo aguarda uma definição do Supremo sobre o início de sua prisão. 

Fonte: Folha de SP
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