José Genoíno disse ter tomado possepara honrar os votos recebidos na última eleição. Deputado foi o centro das atenções
Quinze deputados
tomaram posse nesta quinta-feira na Câmara devido às mudanças nas
bancadas após a eleição municipal de 2012, mas José Genoíno (PT-SP) foi o
centro das atenções. Réu condenado no processo do mensalão, ele assumiu
uma cadeira no Parlamento em meio a contestações de oposicionistas. O
deputado, que se considera inocente, disse esperar que a Justiça reverta
a decisão sobre o seu caso e ressaltou ter assumido o mandato para
fazer justiça aos mais de 92 mil votos obtidos na última eleição.
Genoíno disse que estava simplesmente cumprindo a Constituição e leu o
inciso 57 do artigo 5º, que garante o direito de uma pessoa só ser
considerada culpada após o trânsito em julgado de sentença condenatória. “Tenho a consciência tranquila dos inocentes”, repetiu, em entrevista coletiva depois da posse.
Sentença
Apesar de se considerar inocente, o deputado garantiu que cumprirá a decisão do Supremo caso seja definitivamente condenado. Ele foi considerado culpado pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, com pena de 6 anos e 11 meses, o que dá direito ao regime semiaberto.
Apesar de se considerar inocente, o deputado garantiu que cumprirá a decisão do Supremo caso seja definitivamente condenado. Ele foi considerado culpado pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, com pena de 6 anos e 11 meses, o que dá direito ao regime semiaberto.
José Genoíno não comentou o processo do mensalão nem o envolvimento
de outros deputados também condenados. Ele disse que apenas seu advogado
deve falar sobre isso, porque conhece o processo mais a fundo e ainda
devem ser apresentados recursos em sua defesa.
Repercussão
Genoíno também não quis opinar sobre a cassação de mandatos, acusações contra o ex-presidente Lula nem a suposta tensão entre a Câmara e o Supremo por causa dos deputados que estão sendo julgados. “Não serei causa para crise entre os Poderes”, disse.
Genoíno também não quis opinar sobre a cassação de mandatos, acusações contra o ex-presidente Lula nem a suposta tensão entre a Câmara e o Supremo por causa dos deputados que estão sendo julgados. “Não serei causa para crise entre os Poderes”, disse.
Durante a entrevista, Genoíno foi acompanhado por uma filha e pelos
deputados petistas Ricardo Berzoini (SP), José Mentor (SP), Sibá Machado
(AC) e José Guimarães (CE). “Os deputados envolvidos têm nosso apoio
político e nossa solidariedade; temos a leitura de que houve uma
avaliação contraditória no julgamento e esperamos que isso seja
revertido”, disse Berzoini, sobre o processo do mensalão.
Já o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que, apesar de
não haver impedimento legal para a posse de Genoíno, o ato causa danos à
imagem do Legislativo: “Ele foi condenado e não há como negar que há um
desgaste para o Parlamento.”
Bueno lembrou que o processo do mensalão ainda não transitou em
julgado. “O processo ainda não foi finalizado pelo Supremo, apesar das
condenações e penas impostas. É direito dele assumir. De minha parte,
não fico constrangido, mas a Câmara não pode parar ou criar atritos com
outro Poder por conta de uma questão já decidida pela mais alta Corte do
País”, acrescentou.
O vice-líder do PSDB, deputado Domingos Sávio (MG), também criticou a
posse de Genoíno e afirmou que o ato revela a hipocrisia do PT, que,
segundo ele, se julga acima da lei.
Fonte: Portal da Câmara dos deputados