Desde o início do petrolão, que surrupiou R$ 21 bilhões da estatal, a Petrobras demitiu mais de 30 mil pessoas, a maior parte terceirizados. O novo programa de demissões voluntárias objetiva demitir outros 12 mil. Mesmo após os desligamentos, a estatal ainda é a petroleira que mais emprega no mundo, à frente das gigantes Shell, Exxon Mobile e British Petroleum. E muito atrás delas em desempenho e lucros.
A Petrobras opera 7.000 postos de combustíveis no mundo e a Shell 44.000. A Petrobras registrou, em 2014, cerca de 3% do lucro da Shell.
A Shell, a Exxon e a British Petroleum (BP), juntas, empregam cerca de 262.000 pessoas, quase 13 mil a menos que a petroleira brasileira.
A Petrobras paga salários a 249.000 pessoas, das quais 84.000 são concursadas. Juntas, Exxon e Shell empregam 177.500.
Em 2014, a Petrobras lucrou US$ 1 bilhão; a Shell, US$ 14 bilhões; a Exxon, US$ 32,5 bilhões e a BP, US$ 12,1 bilhões.
Anunciado como grande “corte na carne” do governo para se enquadrar à grave crise econômica, não passou de lorota a redução de cargos e funções comissionadas alardeada pela presidente Dilma e seus ministros. Pelo contrário, o número de cargos, funções de confiança e gratificações do governo federal aumentou entre 2014 e 2015, chegando a 99.995, segundo o próprio Boletim Estatístico do governo.
Com orçamento de quase R$10 bilhões, não faltou dinheiro ao DNIT para criar, do nada, 475 funções de confiança em 2015.
Enquanto cortou 1,1 mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), Dilma criou 2 mil funções comissionadas no ano passado.
Os 100 mil cargos estão divididos em 47 siglas e abreviações das mais variadas espalhadas por Abin, AGU, ANAC, Presidência entre outros.
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, filiado ao PMDB, lidera dez entre dez listas de prováveis futuros ministros. Rejeitado por Dilma, que não o suporta, ele tem Michel Temer entre os admiradores.
O ex-presidente Lula e o ministro Ricardo Berzoini (Governo) atuam na linha de frente do “toma lá, dá cá” para tentar barrar o impeachment de Dilma. A presidente nem sequer toma conhecimento das negociações.
Lula se reuniu dias atrás com os seis ministros do PMDB estimulando-os a afrontar a decisão do partido de romper com o governo. Prometeu que ficarão Kátia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Portos).
Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), do PMDB, aproveitaram a fragilidade do governo para emplacar o ex-senador Luiz Otávio na direção-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) ficou surpreso com a reação da bancada na Câmara, que subiu o tom e o impediu de aceitar oferecimento de cargos de ministro até 12 de abril.
Na visão do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um governo que não tem 171 votos na Câmara já perdeu as rédeas da situação. “Sem 171 deputados, Dilma não tem a menor condição de governar”, diz.
Permitir que o Ministério da Saúde seja usado para atender interesses políticos é prova de que, para Dilma, é mais importante se dedicar a impedir a liquidação do seu governo do que liquidar focos do mosquito.
Os partidos ainda aliados de Dilma, com um pé fora do governo, acham que se de fato assumir o governo, Michel Temer somente não deveria negociar ministérios como Fazenda, Planejamento e Casa Civil.
… o rombo na Petrobras é tão profundo, que vai chegar no pré-sal.
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