Entrega de ovos de chocolates é feita desde a antiguidade como forma de comemorar a primavera.
Entrega de ovos de chocolates é feita desde a antiguidade como forma de comemorar a primavera
Para algumas pessoas, a Páscoa é o momento de comer os ovos de chocolate. Mas, poucos sabem como foi que o ovo virou um dos símbolos mais importante dessa celebração. A tradição é milenar e é feita já bem antes da existência do Cristianismo. Era apenas um presente que simbolizava o início da vida e a fertilidade.
Na antiguidade, os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera para homenagear a estação e presentear os amigos. Os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante.
Isso também foi passado para outras culturas espalhadas no Mediterrâneo, no Leste Europeu e no Oriente. Na Ucrânia, por exemplo, se trocavam ovos pintados com temas relacionados à natureza, para eles o ritual era chamado de pêssanka. Era uma forma de comemorar a primavera.
Os chineses também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
A comemoração continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa. Assim como algumas comemorações de outros rituais pagãos, a entrega dos ovos também foi adotada pelo Cristianismo.
Eles celebravam a Ostera ou Eostre, deusa anglo-saxã da primavera, simbolizava uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho. Por isso que o nome páscoa em inglês é ‘Easter’ em alusão ao nome da deusa.
Essas trocas de ovos aconteciam no Equinócio da Primavera (período dessa estação em que os dias e as noites têm a mesma duração), era um costume de celebrar o fim do Inverno e o início de uma estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma boa colheita, os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus, através do Concílio de Nicéia, realizado em 325, que estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa.
Somente no século XVIII, confeiteiros franceses tiveram a ideia de fazer os ovos com chocolate. O alimento foi criado por volta do ano de 1500 a.C. Isso aconteceu na região do golfo do México, era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. Os europeus só descobriram o alimento apenas no século XVI.
Os franceses que recheavam ovos de galinha, depois de esvaziados de clara e gema, com chocolate e os pintavam por fora. Os pais costumavam esconder ovos nos jardins para que as crianças os encontrassem na época da Páscoa.
Com melhores tecnologias, a partir do final do século XIX, se difundiram os ovos totalmente feitos de chocolate, utilizados até hoje.
Nesse mesmo período, a imagem do coelho também surgiu como símbolo da festa pascoal e apareceu associada à criação, uma vez que ele é um grande reprodutor. Uma fêmea pode realizar até 5 partos por ano, podendo gerar até 20 filhotes.
Fonte: Nominuto
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