Cirlo Pimenta é suspeito de manter esquema de
fraude em licitação (Foto: Paulo Rocha)
fraude em licitação (Foto: Paulo Rocha)
O prefeito de Quixeramobim, no Ceará,
Cirilo Pimenta, e o vice, Tarso Pinheiro, devem permanecer afastados
dos cargos por determinação do desembargador Carlos Alberto Mendes
Forte, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), proferida nesta
segunda-feira (15).
Na terça-feira (9), o prefeito do município, Cirilo Pimenta, o
vice-prefeito, Tarso Pinheiro Borges, além de 26 gestores do município
foram afastados pela Justiça por 180 dias, suspeitos de fraudar
licitações. Na quarta-feira (10,) o presidente da Câmara Municipal de
Quixeramobim, Clébio Fernandes (PSB), assumiu o cargo de prefeito da
cidade, a 206 quilômetros de Fortaleza, durante sessão extraordinária. O advogado dos gestores disse que, no momento, não iria comentar a decisão que negou a liminar.
Ação
A ação em Quixeramobim fez parte da Operação Nacional contra a
Corrupção foi deflagrada pelo Ministério Público, em parceria com
diversos órgãos, e cumpriu mandados de prisão, de busca e apreensão, de
bloqueio de bens e de afastamento das funções públicas em pelo menos 12
estados. O desvio de verbas públicas sob investigação ultrapassa R$ 1,1
bilhão.
De acordo com o promotor de Justiça Marcos Wiliian Oliveira, do Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do
Ministério Público Estadual, "são licitações em construção, em compra de
remédios, enfim, de tudo o que você imaginar tem indícios de fraude na
licitação no município de Quixeramobim. Isso ocorreu no fim de 2012 e
principalmente no início desse ano".
Segundo o promotor Marcos Willian Oliveira, "foi feita a apreensão de
vários materiais [...], e também foi feita a quebra de sigilo bancário e
a indisponibilidade dos bens dessas pessoas e agoranós vamos apreciar
esses documentos e tocar a ação que já foi ajuizada". Após análise
parcial do material apreendido durante a operação “Quixeramobim Limpo
I”, realizada em 21 de março deste ano, haviam sido verificadas fraudes
licitatórias da ordem de R$ 5.848.335,67 referentes à atual gestão. Para
o MP, isso é fruto da atuação de uma suposta quadrilha infiltrada na
Prefeitura de Quixeramobim relacionada com a fabricação de processos
licitatórios.
Fonte: Globo.com