Manifesto de movimentos sociais diz que governo nenhum pode mexer nos direitos dos trabalhadores

CUT-1Um manifesto assinado por 15 entidades e movimentos sociais, entre eles a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União Brasileira dos Estudantes (UNE), traz a pauta dos atos que estão sendo convocados para a próxima sexta-feira. Embora tenham caminhado próximos ao PT, esses movimentos vão cobrar o governo sobre as recentes mudanças em direitos trabalhistas.
“Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes. Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora. As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora”, diz o texto.
No manifesto, os movimentos argumentam ainda que, “se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização”. Além da defesa dos direitos trabalhistas, o ato será uma defesa à Petrobras e à reforma política.
- O nosso ato de sexta não é a favor nem contra o governo. Temos uma pauta definida. Achamos fundamental defender a Petrobras, achamos que todas as denúncias precisam ser apuradas e os seus culpados precisam ser punidos. A empresa, como patrimônio, precisa ser preservada. Também não concordamos com a política de ajuste fiscal. Achamos que a política econômica precisa se pautar por um viés mais desenvolvimentista – afirmou a presidente da UNE, Vic Barros.
No manifesto, os movimentos sociais citam a defesa da Petrobras:
“Defender a Petrobras é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade”.
O Globo


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