Professor do Departamento de Morfologia do Centro de Biociências (CB) da UFRN, Juarez Chagas escolheu para a sua tese de doutorado a única certeza na vida que é o maior tabu entre os humanos: a morte.
Doutorado que realizou em Natal e Lisboa
(Portugal), durante cinco anos. A defesa da tese durou cerca de três
horas, na Universidade Aberta de Lisboa, uma instituição pública do
Ministério da Ciência. Foi aprovado com nota máxima em todos os quesitos
e por unanimidade pela Comissão Examinadora com distinção e louvor.
Seu alvo foram alunos do Ensino Médio e
os estudantes da UFRN. Investigou como eles encaram, conceituam
e discutem a morte nos meios familiar, escolar e
universitário natalenses, tendo como base comparativos em
comunidades europeias e de outros continentes.
Concluiu que é crescente a preocupação
sobre o assunto. Chega ao ponto de “influir na sua qualidade de vida e
estigmatizar comportamentos”.
Considera que um melhor entendimento sobre a morte “pode trazer também mais respeito e valorização pela vida”.
Acredita que uma das soluções pode ser
encontrada na educação. Assim, propõe a realização de fórum escolar e
acadêmico para estudo e discussão sobre a morte. Também, a preparação
de profissionais multidisciplinares que sugiram estudos curriculares e
discussões sobre a morte em todos os níveis da educação.
Resultados do estudo mostraram que mulheres têm mais medo da morte que os homens; e adultos temem mais que os jovens.
Mais resultados interessantes:
a morte é vista como uma forma de controle populacional; a maioria
gostaria de viver eternamente; e não acredita na vida após a morte.
As principais imagens que representam o fim da vida são a cruz, a caveira, o caixão e a foice.
As cores são em maioria preto, castanho e cinza.
Fonte: Abelhinha.com