Por Diógenes Dantas
Eu descobri o que o PMDB espera de Wilma de Faria. Por meio de Iberê
Ferreira de Souza (PSB), encarregado das primeiras conversas com a
cúpula peemedebista, o deputado federal Henrique
Eduardo Alves propôs o seguinte a Wilma: se ela abrir mão da disputa
majoritária - governo ou Senado - e disputar uma vaga na Câmara dos
Deputados, a ex-governadora terá total ajuda financeira para se eleger e
apoio jurídico para enfrentar alguns reveses no âmbito da Justiça.
Com essa proposta, Henrique espera acomodar a líder do PSB no novo "acordão" que costura para as eleições do próximo ano.
Essa acomodação política se faz necessária por dois motivos: primeiro, o
PMDB não aceita ter Wilma como candidata ao governo; segundo, Henrique
Eduardo não quer problemas com o PT da presidenta Dilma Rousseff que
prioriza a candidatura de Fátima Bezerra ao Senado no Rio Grande do
Norte.
O melhor dos mundos para os eventuais aliados de Dona Wilma, já disse neste espaço, é a candidatura dela à Câmara federal.
A ideia de Henrique Eduardo Alves é que Dona Wilma aceite a proposta e
se eleja deputada sem "sair de casa". Sem stress ou desassossego. A
filha de Wilma, deputada Márcia Maia, também pode receber "garantias" de
reeleição.
Quanto aos problemas jurídicos, não é à toa que a governadora Rosalba
Ciarlini endureceu o discurso contra Wilma no aspecto ético.
Aguardam-se decisões desfavoráveis a Wilma em vários processos
relativos aos escândalos de corrupção que marcaram o governo dela. As
nuvens estão carregadas nas cercanias do PSB.
Fonte: JBelmont